Publicado em 29/06/2020 às 16:07:22
A guerra entre a Fifa e a Globo que foi parar na Justiça por causa de uma parcela de R$ 460 milhões que a emissora se recusa a pagar não preocupa a empresa sob um possível risco de perder os direitos de transmissão da próxima Copa do Mundo. O entendimento é de que o canal sairá vitorioso nesta queda de braço com a entidade, seja por meio do acordo que tenta costurar, seja por vias judiciais.
Segundo apurou o NaTelinha, antes de acionar a Justiça e ganhar uma liminar desobrigando-a de quitar a parcela que vence nesta terça-feira (30), a direção de esportes e jornalismo da Globo buscou auxílio do departamento jurídico e de advogados especialistas em questões contratuais envolvendo o mundo esportivo. Os juristas consultados pela empresa entendem que não há risco de perda dos direitos do Mundial de 2022, que acontecerá no Catar.
Funcionários ligados ao setor de esportes da empresa explicaram que a Fifa está fazendo jogo duro, mas que a tendência é acertar um acordo. Para eles, não há o que se questionar a respeito do pedido para diminuir as cifras milionárias expostas no acordo. Neste momento, a entidade não consegue garantir a data de nenhuma transmissão a que o canal brasileiro tem direito por contrato, tudo por causa da pandemia do coronavírus.
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Fontes explicaram que a falta de previsão para torneios esportivos menores, como mundiais sub-20, complicam a situação da Fifa. O contrato entre Globo e entidade prevê um pacote de transmissões que vai além da Copa e isso tem pesado.
Para tentar argumentar no processo, a entidade chegou a confirmar que as Eliminatórias começarão em setembro, mas ninguém acredita que esta data será cumprida. Na América do Sul os países enfrentam fases diferentes na pandemia do coronavírus e muitas fronteiras estão, inclusive, fechadas. O NaTelinha falou com especialistas da área esportiva e todos foram unânimes em afirmar que dificilmente há um cenário possível para o início da competição em setembro.
Embora o processo seja sigiloso e ninguém tenha acesso - apenas as partes -, a argumentação da empresa é essa. A Globo não pode pagar por algo que não sabe quando poderá exibir. O departamento jurídico da emissora argumenta haver jurisprudência para o caso, já que milhares de contratos estão sendo renegociados em virtude da pandemia, inclusive com o COI (Comitê Olímpico Internacional). Oficialmente, a entidade não informa seus valores, mas nos bastidores especula-se que houve mudanças contratuais com descontos para emissoras do mundo todo. A Olimpíada, que aconteceria neste ano no Japão, foi adiada para 2021.
Nos corredores do departamento de esportes da Globo, a expectativa é que o imbróglio não pare nos altos tribunais e que um acordo deverá acontecer nas próximas semanas. Embora tenha entrado na Justiça, o setor jurídico do canal continua em contato com a Fifa para tentar costurar um acordo que seja satisfatório e que não precise levar o caso adiante.
A expectativa é de que a entidade irá amolecer ao perceber que não terá outra saída, mas também há outros fatores determinantes. Nos bastidores especula-se que o caminho pavimentado pela emissora brasileira será seguido nos próximos dias por outros conglomerados. Sem citar quais sãos os países, fontes da Globo confirmaram ter informações de que pelo menos mais quatro outras emissoras com contrato com a Fifa irão acionar a Justiça caso não consigam formalizar um acordo.
Os advogados acreditam que uma fila de processos judiciais contra a entidade a colocaria na parede para negociar nos termos dessas empresas e seria até melhor que um acordo antecipado. Esta aposta é a mais recorrente entre os executivos da Globo e que parece ser o mais provável a acontecer nas próximas semanas.
Mas o jurídico da Globo também estuda qual caminho tomar caso o processo judicial continue por tempo indeterminado. Somente no Brasil existem três instâncias que irão julgar o imbróglio, mas a decisão final será da Justiça da Suíça, país onde foi assinado o contrato e onde fica a sede da Fifa. Mesmo assim, a expectativa dos juristas é de que o canal poderá vencer a entidade nos tribunais.
O argumento é que a Fifa não pode ser tratada como um organismo independente do mundo e num momento de pandemia em que todos os contratos foram revistos com autorização da Justiça, não se pode ignorar as mudanças causadas pelo coronavírus somente em eventos do futebol. Advogados da Globo entendem que nenhum juiz daria ganho de causa para a Fifa num processo assim.
Isso porque a Globo não irá se manifestar para não exibir a Copa do Mundo ou qualquer outro evento que consta no contrato. A questão é a renegociação de valores por conta da mudança de cenário mundial por causa da pandemia. E é apostando nisso que a emissora acredita não haver risco de perder os direitos de exibição da Copa do Mundo, prevista para 2022.
Procurada, a assessoria de Comunicação da Globo afirmou que não comenta casos sub judice.
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