Publicado em 16/05/2019 às 17:47:03
A apresentadora Claudete Troiano está prestes a concretizar uma grande realização pessoal: estrear um programa de entrevistas nas noites de sexta da TV Aparecida, onde completará seis anos no ar. E para celebrar esse momento da sua carreira, a emissora convidou um grupo seleto de jornalistas para viajar até a cidade de Aparecida, interior paulista, nesta última quarta-feira (15), e conversar com a estrela do canal sobre o projeto. O NaTelinha embarcou nessa estrada e conta todos os detalhes do encontro.
Era por volta das 15h, quando a produção do “Programa Claudete Troiano” chamou os repórteres presentes para seguirem até o estúdio onde iríamos participar da gravação, realizando perguntas à anfitriã, numa espécie de piloto - provavelmente alguns trechos serão exibidos futuramente.
Previsto para estrear no dia 28 de junho, das 20h às 21h30, o talk-show contará com 10 episódios em sua primeira temporada. Traz como proposta abordar temas atuais e diferentes através de seus convidados em uma conversa com o clima agradável. Completam o time da equipe o Chef Júlio Cruz e a banda Palace, que embalará o papo com muita música. Quem assina a direção é Felipe Pontes.
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Em paralelo ao novo programa, Claudete Troiano seguirá à frente do vespertino "Santa Receita", que comanda desde 2014 alinhando culinária com histórias de fé.
Ela, que é uma das pioneiras da televisão brasileira, considera seu ofício como uma missão que iniciou ainda nos anos 60, aos 7 anos de idade. Seu primeiro trabalho artístico foi atuando ao lado dos atores Carlos Zara e Francisco Cuoco na novela "Vidas Cruzadas", da extinta TV Excelsior.
Depois disso, tornou-se apresentadora e fez o seu debut em “Carrossel”, formato infantil que comandou na adolescência. Não parou mais. Integrou as principais emissoras do país como Band, Gazeta, Manchete, Record, SBT e atualmente, Aparecida, apresentando atrações como “Tic Tac”, “Pra Você”, “Mulheres de Hoje”, “Mulheres”, “Note e Anote”, “Olha Você”, entre outros.
Foi no cenário de seu novo projeto que Claudete Troiano abriu o coração sobre sua trajetória na telinha – e fora dela – ao falar sobre realizações, aprendizados e arrependimentos.
É a realização de um sonho estrear um programa no estilo talk-show nas noites da TV brasileira?
Claudete Troiano - É um programa que terá 10 edições, sempre às sextas. Se tiver uma segunda temporada, tem tudo para ser exibido às quartas, mas não estou pedindo nada (risos). A cada programa abordaremos um assunto, conversando como se estivéssemos na sala de casa. É como o público me vê. Quando encontro uma pessoa na rua parece que faço parte daquela família, eles conhecem muito de mim, pelo tempo que estou com meu rosto à frente da televisão. Espero que tenha uma segunda temporada, mas serei bem sincera, se não der certo pelo menos eu tentei. Sou corajosa, me jogo. O público mais exigente é o infantil, que trabalhei dos 13 aos 18 anos. Criança não tem a máscara da falsidade. O público feminino e adulto, no geral, me conhece.
Você é uma apresentadora que se preocupa com a audiência?
Claudete Troiano - O que mais estressa um profissional da TV é essa coisa do “minuto a minuto” [Ibope]. É muito triste, acaba com nossa saúde. Já trabalhei com diretor gritando no meu ouvido: “estamos caindo na audiência, faça alguma coisa”. O que eu poderia fazer? Ou apresentar o programa inteiro com um único convidado porque ele estava dando resultado. Passei por várias fases. Não acho correto qualquer coisa pela audiência. A TV mudou, hoje temos a internet uma grande concorrente. Dá para saber quando um programa é bom ou não. Aqui [na TV Aparecida] me sinto protegida.
Como surgiu o convite para fazer parte da TV Aparecida? Claudete Troiano - Em 2013, estava em casa, fora da TV. Era a primeira vez que ficava muito tempo distante. Meu amigo me ligou perguntando se ele poderia enviar a TV Aparecida, um projeto comigo apresentando. Disse que sim. A emissora entrou em contato e marcamos uma reunião. Eles queriam que eu apresentasse 12 programas de uma hora e meia em quatro dias. Até então não conhecia o canal. Quando cheguei na emissora fiquei impressionada com a grande estrutura. O auditório é muito lindo. A parte técnica competente. Eles queriam agregar minha experiência ao público jovem que integra a equipe de funcionários. Isso me encantou, quero deixar minha marca, sou feliz aqui. Não sofro pressão pela audiência, faço um trabalho preocupada com bom conteúdo. Com mais de 50 anos de carreira, de que forma você se reinventa profissionalmente? Claudete Troiano - Tem gente que me chama de fênix, estou sempre renascendo de um jeito ou outro. Eu tive momentos muito bons na carreira, o melhor é sempre aquele que estou vivendo. Nunca tive assessoria de imprensa pessoal, ou inventei uma mentira, pedi casa de alguém emprestada para fazer bonito na capa da revista. Antes de aceitar o convite da TV Aparecida, ficava pensando na varanda da minha casa que não faria mais televisão, então, pensei em abrir uma loja ou um restaurante. Mas não entendo nada disso. Gosto mesmo do que eu faço e não saberia fazer outra coisa. Eu me considero uma sortuda, tem gente que faz uma ou duas faculdades para depois descobrir que deseja realizar outra coisa da vida. Me reinvento na força. Já trabalhei com febre, doente ou com dor, mas estava ali, porque isso é minha vida e muito importante para mim. Trabalhei com grandes profissionais como o Antonio Abujamra, numa peça de teatro, e tantos outros, uma verdadeira escola. Não me esqueço de observar a atriz Glória Menezes repetindo uma cena cinco vezes sem reclamar, naquele momento ela me ensinou o que é ser uma profissional de verdade.
Algum arrependimento? Claudete Troiano - Sou de escorpião, me entrego de cabeça às coisas. Saí uma vez da TV Gazeta para TV Manchete, recebendo metade do salário que eu tinha na anterior. E deu tudo certo. Amadureci como pessoa na Manchete, porque depois peguei uma fase complexa da emissora. É muito duro ver o dinheiro entrando através dos anunciantes e não recebermos ao final do mês. Depois restou somente o Jiraya e eu, fomos os resistentes do canal (risos). Não me arrependi, queria um lugar novo. Outra coisa, a Record não me mandou embora, tenho a carta guardada até hoje. Eles me chamaram para renovar por mais cinco anos, porém, a Band tinha me convidado e eu balancei, porque moro próximo da emissora, e na Record acordava bem cedo, quando chovia era pior ainda. Já estava cansada da distância. E teve um diretor de lá que me falou uma coisa que não gostei... Mudei para Band. Deu tudo errado. Na outra época que havia trabalhado lá tinha dado certo. Aprendi uma grande lição com isso, tudo tem um motivo. É preciso ter coragem mesmo quando as coisas dão erradas. Talvez muitos não saibam, mas você iniciou na TV como atriz mirim no início dos anos 60 na extinta TV Excelsior. Conta quais memórias guarda desse momento ao contracenar com os mestres da teledramaturgia, Francisco Cuoco e Carlos Zara? Claudete Troiano - Trabalhei na novela “Vidas Cruzadas”, esperei quase dois anos para ser escalada. E finalmente quando surgiu a oportunidade, era para uma cena em que a criança teria de nadar. Menti, disse que sabia (risos). A gravação foi na represa de Guarapiranga no Clube Castelinho. E quem me resgatava era o ator Carlos Zara, quase morri afogada, tremia de susto (risos). Depois contracenei com o Francisco Cuoco, mas eu não tinha fala, então, não gostei muito (risos). Perguntei a ele se eu poderia falar “obrigada, doutor”, ele interpretava um médico. Foi minha primeira fala na TV brasileira (risos).
O que costuma fazer para ficar sempre tão bela? Claudete Troiano - Esteticamente falando, sempre me cuidei. Mas nunca fui de fazer muito exercícios, como o que tenho vontade. Sou viciada em Coca-cola, sabia? Estou com 65 anos, cuido da pele, procuro ficar bem. Nunca fiz terapia, não medito... Eu gosto bastante de ler livro de oração, autoajuda. A cobrança para quem cuida da TV é maior ainda. Cada idade tem a sua beleza. Você é mãe de uma única filha, a Marcela Troiano, que é a figurinista do seu programa. É verdade que você morre de vontade de ser avó? Claudete Troiano - Verdade. Minha filha falou para eu adotar um neto já que tenho tanta vontade (risos). Como avó, dizem que temos mais tempo. A mulher progrediu, é mais empoderada, mas é tudo a mesma coisa, deixa filho pequeno na escola e sofre porque precisa trabalhar. Não tem uma mulher que não sinta culpa, independente da classe social. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Chateada? Tensão no ar Críticas Nasce uma estrela? Números em tempo real Eita! No Lady Night Diego Lozano Eita! Gata Espelhada Exclusivo Filha de peixe G20 Sinceridade é tudo Luto Exclusivo Leveza Vem aí No Provoca Em alta