Publicado em 08/04/2019 às 05:01:00
O programa "Eliana" levado ao ar no último domingo (07), foi gravado no dia 26 de março e acompanhado pela reportagem do NaTelinha, à convite do SBT.
As gravacões acontecem às terças-feiras no estúdio 2 da emissora, entre 13h e 21h, sob a liderança do diretor Ariel Jacobowitz. O dominical que completa 10 anos em agosto, e que grava este mês um especial no Marrocos, possui uma equipe formada por 40 pessoas.
Antes da entrada da apresentadora Eliana para iniciar os trabalhos, o humorista Tiago Barnabé, famoso por interpretar o personagem Narcisa, esquenta a plateia formada por 105 pessoas, que conta com um espaço dedicado a cadeirantes.
"Me contaram que você viria hoje, seja bem-vindo, ai que loucura", brincou Barnabé, recepcionando o NaTelinha como Narcisa.
A história do menino Damião que ensinou sua mãe, Sandra, a ler e escrever, foi a primeira história gravada no dia por Eliana, porém, seria inserido, na edição final, no encerramento do programa.
Ao NaTelinha, Ariel Jacobowitz conta que ao longo do tempo, percebeu que quadros mais longos prendiam por mais tempo o telespectador. "Acho que isso é um pouco uma característica de programa de domingo", reflete.
Sobre a selecionar os personagens e as histórias para o dominical que possui quatro horas na grade do SBT, ele revela uma preocupação com o telespectador: "de quando ela termine fique uma mensagem de força, fé, esperança, ou algo que possa trazer pra vida".
Em seguida, Jacobowitz revela uma estratégia quando as pautas exibidas no "Programa Eliana" possuem um tempo de arte longo: "buscar um mix de vários quadros da atração dentro de uma única história".
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"De uma forma que o telespectador vai acompanhando aquela pauta e vai vendo vários quadros dentro daquilo. Tudo isso com a preocupação de deixar o programa dinâmico e atrativo. Posso citar o 'Beleza Renovada', 'Quer Casar Comigo?', que são pedidos de casamento, 'Nó na Língua', 'Peso Certo' e o 'Reencontro', completa.
Com a história do menino Damião e sua mãe Sandra sendo desenvolvida no palco e captada pelas seis câmeras do estúdio, nos bastidores, boa parte da equipe se emocionava e se abraçava. Situação que despertou atenção da reportagem.
"Não é só uma pauta para dar audiência. Antes de dar audiência tem que tocar a gente. Tem que movimentar a sensação dentro da nossa produção. A produção é muito humana. A gente gosta de gente", analisou Eliana sobre o ocorrido, depois da gravação em seu camarim.
Tudo acontece como se fosse ao vivo, não existe pedidos para refazer trechos das filmagens. Mesmo no momento em que ocorreu um pico de luz no estúdio, com as câmeras em atividade, tudo continuou sendo gravado.
Quando Eliana chama o intervalo, para o SBT inserir os breaks comercias quando a edição for ao ar, ela continua interagindo com a plateia e conversando com o convidado durante a pequena pausa. Muitas vezes, gerando situações engraçadas que poderiam ir ao ar.
"Vocês estão gostando da história do Damião?", pergunta a loira ao auditório. "Meu batom tá muito vermelho, deixa assim mesmo, combina com a minha roupa", brinca, engatando uma risada e retomando em seguida a apresentação. Ouve-se a voz de Ariel: "atenção, voltando do intervalo".
No fim da primeira parte das gravações, por volta das 17h, acontece uma troca de plateia. Antes da entrada do novo auditório, que teriam amigos da cantora gospel Fernanda Brum, Eliana grava os offs (narração) da pauta anterior com o cenário vazio e em silêncio.
Ao fim, a apresentadora deixa o estúdio em direção ao seu camarim, porém no caminho, faz uma visita a sala onde estavam o pequeno Damião, dona Sandra e seus familiares. Agradece, elogia e registra o momento com pedidos de fotos.
O palco começa a ser preparado para a segunda parte: a homenagem à cantora Fernanda Brum. Tiago Barnabé volta a esquentar a plateia. Agora Eliana está no camarim, retocando a maquiagem e reunida com Ariel Jacobowitz para ser ”brifada” da nova pauta.
Neste instante, ela recebe o NaTelinha para uma entrevista exclusiva, segurando no colo a filha, Manuela, de 1 ano. Seu outro filho, Arthur, 7, e seu marido, Adriano Ricco, também estavam presente neste dia.
Com 30 anos de carreira, Eliana falou da nova temporada do seu programa, analisou a televisão, comemorou o fato de Celso Portiolli ter reconquistado as quatro horas do "Domingo Legal e revelou o que não faria para aumentar sua audiência nas tardes de domingo: "a exploração da pobreza, a exploração de alguma deficiência física, a exploração de alguma dificuldade...explorar de forma que seja despeitosa, sabe? Não vale a pena".
A gente começou o ano muito feliz. Eu sempre falo que a união de todos os programas é que faz uma grade bacana e bem feita. Eu fiquei muito feliz do Celso ter voltado com as quatro horas do programa dele. A gente mantém com as nossas quatro horas e a audiência reflete muito positivamente em função dessa grade.
O domingo do SBT é um domingo família, domingo alegria, um domingo voltado a todos. 2019 está sendo um ano muito gratificante. Está todo mundo feliz e vibrando. A gente vem agradando muito o nosso público. Claro que sempre respeitando aquele público que sempre me acompanhou há tantos anos. Mas acima de tudo acho que esse resultando da grade de domingo tá muito bacana.
Eu acompanho os números, mas eu não acredito apenas no Ibope em si para fazer um bom programa. Muitas vezes você faz um programa excelente que não reflete tanto em audiência. A gente não pauta nosso programa pela audiência. A gente pauta o nosso programa pela qualidade.
Se você tem história de qualidade, quadros de qualidade, a audiência vem. Eu acho que acima de tudo é trabalhar tudo de forma digna e respeitosa. A gente tem histórias aqui lindíssimas. Como o menino que ensinou a mãe a ler e escrever. É muito emocionante você ver isso. Não é simplesmente contar uma história de uma família simples e dar alguma coisa. É além disso. Eu acho que quem deu alguma coisa pra gente hoje, nesse caso, foram eles. A lição de vida.
Sempre que a gente vai buscar uma história, ela tem que ter um significado a mais. A mensagem que essa história deixou pra gente é muito valiosa. O dinheiro não compra amor, não compra valores, família... A gratificação que a gente deu para esse família é o mínimo. Quando a gente tem histórias de superação ela sempre deixa uma mensagem. Esse é o grande diferencial do programa.
Muitas coisas. Eu acho que a exploração da pobreza, a exploração de alguma deficiência física, a exploração de alguma dificuldade... Explorar de forma que seja despeitosa, sabe? Não vale a pena. Então, assim, tudo de maneira respeitosa e digna, trazemos as pessoas para a gente e dar a ela uma dignidade. Mostrar que elas têm uma história linda pra contar e pra elas transformarem a vida de muitas pessoas que estão em casa também.
Mas isso é um quadro do nosso programa. A essência do nosso programa não é só essa. A gente tem um formato que eu trouxe lá de Cannes que é o "Minha Mulher que Manda". Foi a primeira que vez que entra a culinária aos domingos.
Dividir os domingos com o Silvio Santos é um sonho de qualquer grande apresentador. O domingo é um dia desejado. Estar ao lado de Silvio Santos também é uma grata satisfação como profissional. Ter sido chamada por ele para retornar onde tudo começou é uma outra satisfação como profissional.
A gente já viu realities culinários em vários horários na televisão brasileira. Agora, aos domingos, a primeiro que entrou foi no nosso programa. "Minha Mulher que Manda" foi precursor do domingo. As pessoas ficaram encantadas e se divertiram com o quadro. É um programa que é um grande sucesso lá fora e foi um sucesso aqui. Já estamos indo pra a terceira temporada. São pessoas reais, são histórias reais de famílias e casais, não tem modelo, manequim, atriz, não é isso. São pessoas com histórias reais mesmo. Quem vem aqui no palco e querem participar.
Agora tem uma nova seleção que vamos fazer. Tem amigos meus, do Ariel (diretor do programa) e da produção, de pessoas que ficaram tão encantadas que querem se inscrever. Não sei se vão de fato passar no teste. Existe um teste também de televisão pra ver a desenvoltura.
O cardápio surpresa é um baita sucesso também. Temos a Chef Andrea Pimentel que traz coisas exóticas, de culturas diferentes. Então, a gente aproveita pra falar de outras culturas através da comida.
Começamos com o "Famosos na Internet" há 10 anos e tá cada vez mais atual. Hoje tudo acontece na internet e nas redes sociais.
Por anos fizemos quadros de comportamento para as mulheres. Agora não estamos fazendo, mas também é uma marca. Viagens internacionais que eu faço. Casamento, que é uma coisa que tem a ver com meu universo, com a minha vida, minha família... Propagar o amor e unir as pessoas. Ele não é um programa feminino, mas tem uma alma feminina, de uma apresentadora feminina, de uma produção que pensa com esse olhar.
Quando a gente faz casos de mulheres que sofreram agressão domestica, enfim, a gente levanta isso e ajuda. Prestamos serviços pra essas mulheres que a gente traz aqui. Também sempre foi pauta no nosso programa, independentemente da exposição, que hoje tem, graças a Deus. As mulheres hoje sofrem agressão e são ouvidas. Por anos e anos, elas sofriam agressão e não eram ouvidas e ainda eram culpadas. Então, como apresentadora, como mulher, não tem como eu não abordar esses temas.
Domingo passado a gente teve no "Beleza Renovada" uma mulher que sofreu muita violência e a gente contou a história dela, não só por isso, mas por ser uma mãe exemplar de 10 filhos que criou sozinha. É uma mulher que limpa as ruas de São Paulo e com muita dignidade criou esses rapazes. A gente trouxe pra ela uma luz: "a gente vai se transformar... Você vai ter a possibilidade de ser olhada com mais carinho e mais respeito".
Independentemente da pessoa ser bacana ou não, a questão visual, por incrível que pareça, atrapalha pra arrumar emprego, atrapalha nas relações e existe muito preconceito. Então, a gente quer colaborar com essas mulheres e não nada mais próprio e genuíno do que eu fazer isso aos domingos também.
Como na vida, nada é só diversão no nosso programa também. A gente tem diversão, dramas e alegria.
Curiosamente, o que a gente vê muito hoje é um momento de gastronomia na TV, no mundo, não é só no Brasil. A gente tá acompanhando esse movimento. Eu gosto. Eu fiquei muito feliz quando a gente trouxe a ideia e o Silvio comprou o "Minha Mulher que Manda" e conseguimos executar. O público amou. Foi uma química completa. Eu falo para o Ariel que eu gosto de coisas que me emocionam e fazem sentido pra mim.
Eles me contam a história antes, a gente conversa sobre as pautas e tudo, eu prefiro não ver o vídeo pronto porque eu gosto de ter a emoção junto com quem está em casa. Ele (diretor) me brifou, "aconteceu isso e aquilo", mas uma coisa é quando o diretor me conta e outra coisa é o que eu assisto. E a mesma coisa em casa. Então, eu quero ter a mesma sensação da novidade, do frescor, do momento que as pessoas em casa vão ter.
Eu não tenho dúvida que esse é um quadro que vai emocionar, impactar e transformar muita gente. Porque transformou produtores, câmeras e pessoas que estavam assistindo (no estúdio).
A gente vive de fato são coisas que fazem sentido mesmo. Não é só uma pauta para dar audiência. Antes de dar audiência tem que tocar a gente. Tem que movimentar a sensação dentro da nossa produção. A produção é muito humana. A gente gosta de gente.
É um ano muito especial. Mas eu acho que tudo vem com o tempo. A coisa que mais me preocupo é o futuro. Uma carreira que perpetue, uma carreira que tenha vida longa. Pensar no imediatismo e nos números pode ser perigoso ao longo prazo. Você tem que fazer sempre um programa respeitoso, independente da audiência em si.
Acho que de maneira respeitosa, você vai longe.
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