Médicos encontram 21 ímãs no intestino de adolescente

Um adolescente deu entrada no hospital com cólicas abdominais severas. Exames de radiografia e tomografias computadorizadas revelaram a presença de um item metálico no trato digestivo. O jovem, cuja idade não foi revelada, não se recordava de ter ingerido qualquer objeto, e a família acredita ter sido um caso de sonambulismo.

Os médicos realizaram então uma endoscopia, exame em que um aparelho flexível de fina espessura, equipado com iluminação e câmera na extremidade, é introduzido pela boca para visualizar o sistema digestivo superior, formado pelo esôfago, o estômago e a porção inicial do intestino delgado, o duodeno.

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Inicialmente, eles identificaram que o objeto parecia ser uma pilha de três discos empilhados, cada um com cerca de 8 milímetros de largura. Os discos eram ímãs super fortes, e estavam formando uma úlcera (lesão) na parede do estômago. Segundo os especialistas, eles estavam lá há tempo suficiente para causar danos.

Os médicos conseguiram remover os ímãs pela própria endoscopia, porém nos dois dias seguintes novos exames mostraram que o cenário era muito pior: havia mais objetos semelhantes ao longo do trato digestivo, até o intestino grosso.

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Três deles foram removidos com uma colonoscopia, procedimento semelhante à endoscopia, mas que é introduzido pelo ânus. Já os demais precisaram ser retirados por meio de uma cirurgia. O caso era grave, alguns objetos já formavam buracos nas paredes dos órgãos.

Depois de alguns dias de acompanhamento no hospital durante o pós-cirúrgico, o adolescente ficou bem. Mas os médicos investigam como os ímãs foram parar lá. Eles relatam que o jovem e a família foram inflexíveis e disseram acreditar se tratar de um caso de ingestão durante um episódio de sonambulismo.

A ingestão de ímãs é um problema sério que pode causar graves danos ao sistema digestivo. Os ímãs podem se atrair e se prender nas paredes do estômago ou intestino, causando obstruções, perfurações e até mesmo morte.

Crianças e adolescentes são mais propensos a ingerir ímãs, pois são curiosos e podem colocá-los na boca. Os pais devem estar atentos aos objetos que as crianças têm acesso e armazená-los em locais seguros.