"Então, a forma de a gente ter essas oportunidades, desses papéis, é fazer um teste. E quando chegou para mim o teste da Rejane, eu falei: 'Nossa, essa mulher tem borogodó!'", recorda.
Publicado em 21/10/2023 às 11:32:00,
atualizado em 21/10/2023 às 12:28:37
Na novela das sete, não seria exagero afirmar que Rejane Miranda e Maria Navalha (Olivia Araujo) são amigas e rivais. Na juventude, disputaram o posto de Rainha da Fuzuê, loja de departamentos que dá nome ao folhetim da Globo.
Um incidente acabou colocando a mãe de Luna (Giovana Cordeiro) fora do concurso, deixando a vaga para sua oponente. Em compensação, a cantora da noite acabou se tornando a grande estrela do palco do Beco do Gambá.
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Anos depois, Maria Navalha desistiu da carreira e desapareceu do mapa sem dar satisfações a ninguém, nem pra filha. A essa altura, Rejane Miranda já havia perdido seu posto para Alicia (Fernanda Rodrigues), filha de Nero (Edson Celulari).
Agora, com a volta repentina da mãe de Luna, justamente na noite de apresentação de sua desafeta no palco do bar da Lapa, ocupado pela ex-estrela, tudo indica que o acerto de contas entre essas duas mulheres está próximo.
Como antecipa Walkiria Ribeiro, e conversa exclusiva com o NaTelinha. "Ver essas grandes mulheres que se reconhecem, que se admiram, que se fortalecem, resolver essa história em panos limpos", antecipa.
A atriz, com 24 anos de carreira, revela que Rejane Miranda chegou através de convite para um teste. Com a sinopse em mãos, ela entendeu de cara que a personagem tinha algo especial.
"Então, a forma de a gente ter essas oportunidades, desses papéis, é fazer um teste. E quando chegou para mim o teste da Rejane, eu falei: 'Nossa, essa mulher tem borogodó!'", recorda.
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Para Walkiria, a personagem veio mesmo para causar. "Se tem uma coisa que o papel da Rejane é, é do fuzuê. [risos]. É por isso que ela é icônica, 'maravilhinda', rainha desse fuzuê todo", lista.
"Ela se mete em cada confusão, em histórias. Uma mulher que tá com o sentimento afetivo, balançado, né? Ela tem questões emocionais que ela precisa curar. E isso faz ela entrar em algumas confusões, ela e seu parceiro, Caíto ", sinaliza.
Walkiria aproveita para comentar sobre sua parceria com Cleiton Nascimento, que interpreta o fiel escudeiro da Rejane Miranda. "Muito brilhantemente interpretado pelo meu parceiro, colega, um ator esplêndido que eu devo essa caminhada, porque nada nessa vida a gente faz só", elogia.
Quando era a Rainha da Fuzuê, a personagem da atriz acabou tendo um caso com o Nero. Já o dono da loja de departamentos teve sua história de amor com Bebel interrompida ainda na juventude.
Agora, com os dois viúvos, o casal volta a se aproximar. Questionada se Rejane pode querer formar um triângulo amoroso, pelo perfil da sua personagem, a atriz não apostaria nisso.
"A Rejane Miranda, sobretudo, é uma mulher intensa. Se ela resolve estudar, ela estuda. Se ela põe uma coisa na cabeça, ela vai atrás até conquistar. Eu costumo dizer que ela é a rainha do fuzuê porque esbanja a brasilidade até nos seus clichês. Sabe, o brasileiro que não desiste nunca?", avalia.
"Quando ela ama, quando debruça em cima de uma paixão, ela é passional! O amor dela não é de mentira, só excessivo, intenso. Se ela vai disputar com a Bebel? A Rejane não é uma mulher que disputa nada, ela não é uma mulher do conflito, ela é uma mulher da ação, de suas próprias lutas", garante.
Já sobre retomar o posto de Rainha da Fuzuê, Walkiria não acredita que esteja nos planos da Rejane Miranda porque, segundo sua interprete, está em um processo de amadurecimento.
"Ela já é uma mulher que entende que o tempo passou, que ela não pode mais continuar vivendo dessa história. E aí, ela vai em busca de novos caminhos, novas possibilidades, novos encontros e amores", dispara.
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Em Fuzuê, a volta de Maria Navalha a essa altura da trama, quando Rejane Miranda teve a oportunidade de ocupar o lugar que um dia foi da cantora da Lapa no Beco do Gambá, abriu precedentes para essa rivalidade entre as duas.
Mas o que se viu desde então é que, a pesar das mágoas do passado, essas duas mulheres aprecem dispostas a colocarem um ponto final nessa história, deixar a rixa do passado lá atrás. Walkiria Ribeiro fala com entusiasmo sobre esse acerto de contas entre elas duas.
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"Esse é o momento mais esperado da novela, das histórias das duas, ver essas grandes mulheres que se reconhecem, que se admiram, que se fortalecem, resolver essa história em panos limpos. Eu acredito que a gente vai ter uma trégua", antecipa.
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"A amizade de uma mulher é bonita! Nós é que fomos acostumados a entender que mulher tem que ser rival. Eu acredito numa caminhada de mulheres que amadurecem, porque é uma amizade de adolescência, que passou pelos seus percalços e obstáculos", opina.
"Eu torço, claro que eu torço, para que elas se unam, porque tem coisa mais potente do que duas mulheres pretas empoderadas juntas? Eu não conheço", sinaliza a atriz.
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Logo nas primeiras chamadas de Fuzuê, Rejane Miranda surgiu repetindo o velho bordão "Tico-tico- no fubá" para se referir a si mesma. Walkiria Miranda concluiu a conversa citando o seu próprio bordão: "Foco, força e fé! Não me procure no passado, não estou mais lá!", manda o recado.
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