Publicado em 15/06/2020 às 05:00:00
Com 10 anos fora do ar, Ana Paula Arósio coleciona trabalhos emblemáticos em sua passagem pela televisão. A atriz fez minisséries, séries e novelas no tempo em que permaneceu como uma das principais estrelas do elenco da Globo e antes de jogar tudo para o alto e desistir de manter a carreira.
A artista estreou na TV em uma participação especial na novela Éramos Seis, em 1994, no SBT. Desde então são sete novelas, três minisséries e duas séries, além de participações em outros formatos como os extintos Teleteatro e Você Decide. Versátil, Ana Paula Arósio transitou por diversos horários e teve personagens inesquecíveis.
Após ter estreado na TV no SBT e na emissora de Silvio Santos se tornado um dos rostos mais cobiçados da TV ao trabalhar em três novelas, Ana migrou para a Globo e debutou como a protagonista da minissérie Hilda Furacão, de Glória Perez com direção de Wolf Maya.
No papel da prostituta que se apaixonava por um frei, Ana Paula Arósio foi considerada um verdadeiro furacão, parodiando o apelido da personagem e ganhou prestígio na Globo, o que lhe permitiu um contrato fixo e com direito a rapidamente crescer com papéis nas novelas.
No ano seguinte, Ana Paula Arósio mudava completamente de personalidade ao assumir o papel da mocinha sofredora de Benedito Ruy Barbosa em Terra Nostra. Com Giuliana, ela levou os telespectadores aos suspiros em sua parceria com Thiago Lacerda e a se emocionar com seu sofrimento.
Neste momento, a atriz era a principal estrela da TV do país, conseguindo o raro feito de estrear nas telenovelas da Globo como protagonista de uma novela das 20h (atualmente, novela das 21h) e garantindo milionários contratos de publicidade.
Ana Paula retornou ao formato das minisséries ao aceitar o difícil papel de Maria Eduarda em Os Maias. Na minissérie de Maria Adelaide Amaral, a atriz acompanhou os problemas que a produção enfrentou no quesito audiência, enquanto aumentava o prestígio junto à crítica.
Numa parceira quente e que deu o que falar com Fábio Assunção, Ana Paula Arósio foi elogiada por sua versatilidade no papel, que lhe permitiu mergulhar por um estilo completamente diferente de tudo o que havia feito e que lhe rendeu uma série de elogios.
Quando se fala em Ana Paula Arósio é impossível a desvincular deste trabalho. Como Yolanda Penteado, a princesinha do café que choca a sociedade da época ao se apaixonar pelo membro de uma família empobrecida, papel de Erik Marmo. A série homenageava os 450 anos da cidade de São Paulo.
Escrita por Maria Adelaide Amaral em parceria com Alcides Nogueira, a atriz jogou para si todo o protagonismo da história com uma personagem feminista e muito à frente do seu tempo, com direito até a se desquitar do marido, provocando um grande escândalo.
A última novela de Ana Paula Arósio foi um remake em que ela mostrou já estar amadurecida e deu vida a uma mãe de família na história de Alcides Nogueira e que foi inspirada no livro homônimo de Lygia Fagundes Teles. Na história, ela viveu Laura, mãe de três adolescentes, ainda que a atriz fosse tão jovem, com apenas 32 anos.
Embora parte da crítica tenha avaliado a escalação como equivocada por conta da idade, Ana Paula defendeu o papel e afirmou estar feliz por interpretar uma personagem tão diferente, embora tenha brincado e dito que tenha se transformado em mãe de adolescente muito cedo na TV.
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