Publicado em 29/04/2020 às 05:27:00
Emílio Boechat foi roteirista da Record por mais de uma década e deixou a emissora no início do ano, após escrever a primeira fase de Gênesis, próxima novela bíblica. Enquanto trabalha em um projeto de dramaturgia na internet para o período de quarentena, a série Home Office, o autor desmentiu versão do canal sobre sua saída e garantiu que pediu demissão porque não tinha liberdade artística na composição do folhetim.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, Emílio explicou o imbróglio que envolveu sua saída da Record, após ter escrito mais de 50 capítulos de Gênesis. Diferente do que a emissora alegou à época, de que o roteirista havia cumprido a parte do folhetim destinada a ele, Boechat foi taxativo na explicação.
“Meu contrato acabava no ano passado quando veio o convite pra assinar a novela Gênesis. Como se tratava de um dos livros mais interessantes da Bíblia na minha opinião, ilustrado inclusive pelo incrível Robert Crumb e sendo a primeira novela assinada por mim, resolvi aceitar o desafio. Contudo, como você bem sabe pelo que certamente já conseguiu apurar, e já pontuou na sua pergunta, eu me desliguei da emissora”, começou a contar.
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A partir daí, Boechat faz duras críticas ao posicionamento da Record e dá sua versão dos fatos. “Acontece que ao longo do processo fui me dando conta de que não poderia assinar uma novela sobre a qual eu não tinha o controle artístico, não seria ético nem honesto. Foi o que eu comuniquei ao Marcelo Silva, que entendeu as minhas razões e concordou em rescindir o meu contrato amigavelmente”, lembrou.
“Em nosso distrato ficou acordado que meu nome não constaria mais nos créditos e por isso não entendi por que a empresa deu inúmeras declarações à imprensa de que eu havia saído porque já tinha escrito a minha parte na trama. Infelizmente, não sei por que motivos até hoje não consegui com a Record um acordo para uma nota conjunta explicando tudo. Estou vendo com meu advogado como proceder agora”, afirmou Boechat.
Mas nem sempre sua relação com a Record foi conturbada, o roteirista explicou que seu contrato com o canal de Edir Macedo o manteve focado em outros trabalhos. “Fiquei mais de 13 anos na Record. Jamais imaginei que pudesse ficar tanto tempo no mesmo lugar. O que ajudou foi que durante esse período trabalhando como colaborador em diversas novelas, meu contrato me permitiu tocar projetos paralelos como o Mulheres Possíveis, da Ingrid Guimarães no GNT, onde escrevi com ela as três primeiras temporadas; a minha série A Secretária do Presidente no Multishow; e mais recentemente a quarta temporada de Sessão de Terapia, quando escrevi três episódios da personagem Kiara”, relembrou.
A afirmação de Emílio Boechat é o oposto do que afirmou a Record no momento da rescisão. A emissora enviou nota à imprensa dizendo que Emílio Boechat havia cumprido a parte que estava designada a ele, já que a produção será uma espécie de antologia, acompanhando vários personagens diferentes citados no primeiro livro da Bíblia.
A novela Gênesis já nasceu problemática quando a Record escalou para escrever a saga o autor Gustavo Reiz. Experiente, o novelista acabou entrando em rota de colisão com a filha de Edir Macedo e responsável pela dramaturgia do canal, Cristiane Cardoso. As intromissões no texto da novela foram tamanhas que ele pediu demissão, mudando para a Globo.
Embora Emílio não tenha citado Cristiane nominalmente, nos bastidores da Record sempre se comentou que ele teria desistido do projeto por conta de interferências da filha do dono, conforme o NaTelinha chegou a noticiar.
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