Publicado em 13/06/2019 às 05:00:29
O público brasileiro tem gostado cada vez mais de um casal de "Órfãos da Terra", trata-se de Sara (Verônica Debom) e Ali (Mouhamed Harfouch). Ela é judia e ele, árabe, os dois enfrentam uma série de resistências para ficarem juntos e isso tem atraído os olhares da audiência para um tema pouco tratado na dramaturgia brasileira: a guerra santa. E quem já falou dessa guerra é uma produção israelense aclamada ao redor do mundo: "Fauda".
A série que é distribuída internacionalmente pela Netflix estreou em 2016 em Israel com o objetivo de mostrar as duas versões - de judeus e árabes - da guerra santa que já dura décadas. Com muita violência e sem mocinhos ou vilões, a produção acabou caindo nas graças do público.
Com duas temporadas, "Fauda", que em árabe significa "caos", conta com 24 episódios e, diferente da novela, tem por base do enredo a espionagem e o tom policialesco. São diversas as sequências de tiros e mortes, inclusive no episódio piloto em que muitas pessoas morrem assassinada durante uma festa de casamento.
No capítulo da última terça-feira (11), "Órfãos da Terra" falou sobre o tema de forma leve. O irmão de Sara, Davi (Vitor Thiré), recém-chegado de Jerusalém, onde esteve por anos no exército judeu, conversa com Ali e explica as razões que o levaram a ser contra o casamento. Em determinado momento da discussão, o personagem foi didático sobre as diferenças. "Você não sabe o que está falando. Nem sempre é uma opção, a gente precisa guerrear", concluiu.
Em "Fauda", isso é posto em prática até a última voltagem. O próprio protagonista da história, Doron (Lior Raz), inicia a trajetória fora do exército, mas acaba retornando e se afastando da família porque a guerra exige sua presença. E por exigência não se trata de uma pessoa o obrigando, mas o senso de moral do personagem é que o atormenta para terminar um serviço inacabado.
Em "Órfãos da Terra", o tema não parece ter a mesma força da série israelense porque as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes colocaram o conflito sob o prisma da dramédia. E, no caso dos protagonistas, tanto Laila (Giulia Dalavia) quanto Jamil (Renato Góes) são árabes, portanto, não houve conflito em si. Mas vale lembrar que a família da mocinha somente se transformou em refugiada porque perdeu tudo graças à guerra.
Quem vê as famílias de Ali e Sara contra o casamento não costuma entender a motivação do enredo. "São dois adultos e não faz sentido", é uma crítica recorrente do público e até nas redes sociais, mas a história dos povos mostra que não é tão simples. O próprio Davi, antes de chegar ao Brasil, disse à sua irmã uma frase emblemática sobre a situação: "nossos povos foram criados para se odiarem".
Na série israelense não se discute o assunto. Até porque, diferente do Brasil, a história se passa justamente em Jerusalém e na faixa de Gaza, no coração da guerra. Judeus e árabes praticamente vivem para se enfrentar e até se matar naquela região. Vale ressaltar ainda que tanto Sara não é literalmente judia, quanto Ali não é integralmente árabe. Ambos são brasileiros, mas descendentes desses povos.
Ainda não está claro qual será o rumo da história de Ali e Sara, mas para quem se interessou pelo conflito entre árabes e judeus, "Fauda" está disponível para assinantes da Netflix. A série, inclusive, foi eleita pelo jornal americano New York Times como a melhor produção estrangeira de 2017. Já o renomado site Rotten Tomatoes, que cria uma métrica mostrando as notas dos principais críticos dos EUA, deu nota 6 para a trama. Enquanto isso, nas notas dos usuários, a produção ficou com 4,8 (de 5).
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