Publicado em 09/10/2018 às 09:35:57
Em seu segundo trabalho com Elizabeth Jhin, Ana Lúcia Torre vive Dona Gentil, uma mulher viúva que luta para manter a família em "Espelho da Vida".
Mãe de Lenita (Luciana Paes) e avó de Pat (Debora Ozório), ela coloca todo mundo para trabalhar e não admite corpo mole. Se em "O Outro Lado do Paraíso", a atriz divertiu o público na pele da mãe de um homossexual, na trama atual, ela traz mais um tema curioso com sua personagem.
A dona da pensão vai se apaixonar por Américo (Felipe Camargo), que vai tirar proveito da ingenuidade e carência da mineira. Na novela de Elizabeth Jhin, Américo acaba de chegar a Rosa Branca atrás da filha, Cris (Vitória Strada), e vai se hospedar justamente na pensão de dona Gentil e usar o charme para tirar vantagem da dona do estabelecimento. Em entrevista ao NaTelinha, a atriz conta um pouco como está sendo mais esse trabalho em sua carreira.
Confira:
O que o público ainda pode esperar da dona Gentil?
Ana Lúcia Torre - Ela é muito interessante. Dona Gentil é dona de uma pensão nessa cidadezinha no interior de Minas, ela lutou a vida toda para manter aquela pensão, ela ficou viúva cedo, ela tem uma filha e uma neta. E todo mundo tem que trabalhar para se sustentar. Ela tem pouquíssimos hóspedes até que o grupo de cinema se hospeda na pensão dela. Chega na pensão um homem charmosíssimo, que na verdade é um pilantra, e ele vai fazer muito charme pra cima da dona Gentil e ela se apaixona loucamente por ele. Esse personagem é feito pelo Felipe Camargo.
E ela vai se apaixonar por ele mesmo?
Ana Lúcia Torre - Vai, porque ela é muito solitária. Ela fica num encanto com esse homem que pra ela tudo que ele faz é lindo, é perfeito. Ele vai levando a dona Gentil em banho Maria para conseguir muitos benefícios da pensão, pra obter informações sobre a cidade, ela cai direitinho.
E a dona Gentil, a gente pode esperar um lado cômico dela também?
Ana Lúcia Torre - Tem umas situações, tem a história desse homem que invade a casa dela e é um pilantra e ela acha que ele é o melhor homem do mundo.
Você acha que é um tema importante abordar, uma pessoa mais ingênua que acaba se envolvendo com um aproveitador?
Ana Lúcia Torre - Claro, porque acontece todo dia por aí. E é por carência absoluta dela, então eu acho muito bom.
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Você se inspirou em alguém ou em algum caso conhecido?
Ana Lúcia Torre - Não, eu por enquanto fiquei só nesse sentimento. Mas eu já li tanta história desse gênero, eu não conheço uma pessoa específica que passou por isso, mas eu já vi tanta coisa.
A novela fala de vidas passadas, como você encara o assunto?
Ana Lúcia Torre - Eu sou espírita, pra mim é um tema muito interessante, mas muito familiar. Eu já fiz outra novela da Elizabeth Jhin, que eu era um espírito, que foi "Amor Eterno Amor". Foi muito bom.
E a personagem é uma pessoa espiritualizada?
Ana Lúcia Torre - Ela é irmã da personagem da Irene Ravache. Só que a irmã foi embora cedo da cidade, morou fora muitos anos, é uma pessoa ligada a cultura, espiritualizada e é o oposto da Gentil. Elas se dão bem, se entendem.
Como é trabalhar com a Irene Ravache?
Ana Lúcia Torre - Eu estou nas nuvens, a Irene, eu tenho uma enorme admiração por ela, quando eu tô no teatro ela vai me ver, nós nunca trabalhamos juntas, então é um sonho realizado.
Você manteve o cabelo branco para a personagem, está gostando?
Ana Lúcia Torre - Eu tô adorando não precisar pintar o cabelo. Meu cabelo é dessa cor. Isso já começou em "O Outro Lado do Paraíso", que o Maurinho (Mauro Mendonça Filho, diretor) perguntou se me importava de deixar o cabelo branco e eu fiquei feliz da vida. Eu tenho problema com tinta, tenho uma alergia de vez em quando, então agora eu estou com a vida feita, cabelo branquinho e curtinho, não tem mais resquício de nenhuma tinta.
Sua personagem em "O Outro Lado do Paraíso" fez muito sucesso. As pessoas ainda te param muito pra comentar a personagem?
Ana Lúcia Torre - Nossa, mas direto. Param pra falar da novela, pra falar do Tigrão, que é o grande mote pra me abordar. Foi extraordinário o sucesso que fez esse personagem. Era muito legal e ainda é.
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