Oruam volta a detonar operação no Rio após ser rebatido por secretário da Polícia Civil

Oruam fez um desabafo em tom de indignação contra a megaoperação realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28), que deixou mais de cem mortos e já é considerada a mais letal. Para o rapper, o morador de comunidade é um reflexo da sociedade.

"No Brasil, a política que mais vende é de matar bandido. Eu sou reflexo da sociedade, meu pai é reflexo da sociedade e o bandido que está apontando pistola e fuzil também é reflexo da sociedade", apontou, se referindo a Marcinho VP, ex-líder do tráfico no Rio, preso há quase 30 anos.

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O cantor destacou que o crime não se limita às comunidades e criticou novamente o governo: "O crime não está só nas favelas, o crime está no governo, nas câmeras, em Brasília. O favelado é só o reflexo da sociedade".

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Oruam já havia feito críticas e secretário rebateu

O vídeo publicado na tarde desta quarta-feira (29) não foi o primeiro feito por Oruam para criticar a ação policial que fez com que emissoras de TV interrompessem sua programação para fazer a cobertura.

Após o famoso se referir ao ocorrido como uma chacina, o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, rebateu o artista: "O rapper Oruam, filho do chefe da facção, que é o Marcinho VP, falou que 'por atrás do fuzil tem uma pessoa'. Hoje não tem mais vítima. O policial está sendo tratado como vilão, mas é o herói".

Curi afirmou que os agentes estavam protegendo a população. "Chacina é a morte indiscriminada e ilegal de várias pessoas ao mesmo tempo, de maneira aleatória. A operação foi uma ação legítima do Estado. A ação foi direcionada ao que ele descreveu como 'centro neurálgico' da organização criminosa", defendeu ele.