Gilberto Gil e família processam padre que ironizou morte de Preta Gil

Gilberto Gil e a família ajuizaram na Justiça do Rio de Janeiro uma ação de indenização por danos morais contra o padre Danilo César, que ironizou a morte de Preta Gil (1974-2025). O sacerdote da paróquia São José, em Campina Grande, na Paraíba, é acusado de “intolerância religiosa” e “racismo religioso”.

Dias depois da morte de Preta Gil, vítima de câncer aos 50 anos, em julho, durante homilia transmitida ao vivo, o padre qualificou religiões afro-brasileiras de “forças ocultas” e ironizou a fé da cantora e de seu pai, ao insinuar que os orixás não a teriam “ressuscitado”.

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De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, são autores da da ação, além de Gilberto Gil: a esposa dele, Flora; os irmãos de Preta, Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José; e Francisco, filho da cantora.

“Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê o poder desses orixás, que não ressuscitou Preta Gil? Tá lá. Eles já enterraram. Pois é. E tem gente católica que pede a essas forças ocultas... Eu só queria que o diabo viesse e levasse”, disse o religioso.

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É pedida uma indenização de R$ 370 mil. A ação defende que “a homilia também foi reproduzida nas redes sociais, o que acabou por incentivar uma corrente de comentários de terceiros, sendo a causa de uma onda de racismo religioso e intolerância religiosa”.

Os autores do processo também argumentam que já havia sido enviada uma notificação extrajudicial à Diocese de Campina Grande exigindo retratação pública e punição ao padre Danilo César. Entretanto, eles afirmam que o documento foi ignorado.