Publicado em 21/07/2024 às 18:00:00
Tadeu Schmidt lembrou o início de sua carreira e revelou que precisou de terapia para entender sua rotina de trabalho na Globo. O jornalista admitiu que passou por um processo "lento e doloroso" até reconhecer que não deveria se cobrar para entregar uma matéria revolucionária todos os dias.
A frustração do apresentador começou quando ele tinha 17 anos e desistiu da carreira de jogador de vôlei: "Eu queria ser no vôlei o que meu irmão, Oscar, era no basquete. Com 17 anos, eu fui cortado da seleção brasileira infantojuvenil e desisti. Eu era até da geração do Nalbert. Eu vi que não chegaria no nível do meu irmão".
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"Ninguém tem que encerrar uma carreira com esta idade, tem é que começar. Mas fiquei muito decepcionado. Depressão total. Por outro lado, ter desistido ali me levou a uma profissão que me deu muito mais sucesso, mais felicidades do que teria", admitiu, em entrevista ao jornal Extra.
Quando entrou na Globo, Tadeu Schmidt ainda estava frustrado: "Eu me lembro que já trabalhando na Globo, com o esporte, quando tinha que fazer matéria com a seleção de vôlei, via o Nalbert, já batia um sofrimento, do tipo 'poderia ser eu ali'. No jornalismo, quando vim para o Rio (Tadeu começou na Globo em Brasília), eu tinha aquele foco de querer fazer a melhor matéria da vida todo dia, tinha que trazer algo revolucionário, mas não dá para ser assim".
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"Fazer o arroz com feijão também é delicioso. Fazer terapia me ajudou. Comecei em 2004, e o analista foi me fazendo chegar à conclusão de que eu tinha que fazer bem feito o que era proposto, não ser o melhor do mundo. O que aconteceu? Passei a fazer reportagens melhores, fui chamado para o Fantástico... Mas claro que isso foi um processo lento e doloroso", contou.
Com 50 anos recém-completados, Tadeu Schmidt está se preparando para apresentar a Central Olímpica, sobre as Olimpíadas de Paris. O programa estreará na Globo na próxima sexta-feira (26), levando "um outro olhar" para o telespectador a respeito do que acontecerá no dia a dia da competição.
"Ao comparar a Central Olímpica com o BBB, dá para dizer que vou passar muito tempo em frente à televisão, mas é uma rotina menos cansativa. Primeiro, pela duração, que é mais curta. Eu brinco que este programa agora é uma prova de 800 metros, já o BBB é uma maratona", brincou.
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