Publicado em 14/06/2024 às 14:55:00,
atualizado em 14/06/2024 às 15:04:00
Vice-campeão do BBB 24, Matteus Amaral está envolvido em uma grande polêmica. O gaúcho se declarou preto para ingressar no curso de Engenharia Agrícola, em 2014. Até o momento, o ex-BBB recorreu ao silêncio e não se pronunciou sobre o assunto.
A notícia envolvendo Matteus ganhou as redes sociais na quinta-feira (13), quando o morador de Alegrete (RS) teve detalhes de sua inscrição vazados por um perfil no X/Twitter. Desde então, o namorado de Isabelle Nogueira tem sido duramente criticado e perdido seguidores.
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Em nota, o IFFar (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha) informou que naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato. Ou seja, tudo partia mais de uma questão de consciência da pessoa no ato de inscrição. "Não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato", acrescentou a instituição.
"Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época", sustentou o IFFar.
Em rápida fala à imprensa, a defesa de Matteus Amaral disse que em breve vai se manifestar sobre o tema.
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Em comunicado oficial divulgado para a imprensa, o IFFar confirmou que Matteus Amaral se considerou preto ao fazer sua inscrição no curso. "Em 2014 o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos. Essas informações constam no Edital nº 046/2014, que é público e traz o resultado da seleção desse curso naquele ano", afirmou.
"Esse curso, oferecido em conjunto com a Unipampa, não é mais ofertado pelo IFFar desde 2021. O Matteus Amaral Vargas também não é mais estudante do IFFar. Em relação ao ingresso pelas cotas, é importantíssimo ficar claro que, naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato. Assim como em outras instituições federais de ensino, não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato", explicou o instituto.
"Os editais, contudo, continham a informação de que, 'a constatação de qualquer tipo de fraude na realização do processo sujeita o candidato à perda da vaga e às penalidades da Lei, em qualquer época, mesmo após a matrícula'. Não havendo nenhum mecanismo específico de verificação de autodeclaração implantado, possíveis fraudes eram apuradas apenas se houvesse denúncia. Ou seja, alguém deveria fazer uma denúncia formal na Ouvidoria da instituição. Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época", completou o IFFar.
"Também é fundamental esclarecer que a política nacional de cotas foi sendo aperfeiçoada com o tempo, principalmente em razão de denúncias de possíveis fraudes terem surgido em várias instituições, várias delas recebendo ampla cobertura midiática. Um dos mecanismos implantados é a heteroidentificação, adotada pelo IFFar desde as seleções realizadas em 2022 para ingresso em 2023. Atualmente, cada campus do IFFar possui uma comissão composta por três pessoas titulares e duas suplentes que atua em todos os processos de seleção dos estudantes", concluiu.
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