Julio Cocielo é absolvido pela Justiça após acusações de racismo

O youtuber Julio Cocielo foi absolvido pela Justiça depois de ser acusado de incitação ao racismo. Ele foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) pelo crime. No entanto, o juiz Rodiner Roncada, da 1ª Vara Federal de Osaco, entendeu que não houve discriminação.

Apesar disso, a autoridade constatou que Julio Cocielo teve uma atitude "moralmente reprovável". O MPF reuniu algumas postagens realizadas pelo influenciador digital entre 2010 e 2018. "Por que o Kinder ovo é preto por fora e branco por dentro? Porque se ele fosse preto por dentro o brinquedinho seria roubado", escreveu em uma das publicações.

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Em 2018, ele foi reprovado por internautas depois de ter escrito que o jogador francês Kylian Mbappé “conseguiria fazer uns arrastões top na praia”. Após imensa repercussão, Cocielo apagou todos os tweets de seu perfil e publicou um comunicado se desculpando.

Julio Cocielo perdeu campanhas publicitárias

Há seis anos em seu canal no YouTube, publicou um vídeo pedindo desculpas e citou o caso de Mbappé. "Eu tentei me referir à velocidade dele (Mbappé), e o comentário foi tão infeliz e mal explicado que acabou ofendendo algumas pessoas."

Ainda no vídeo, Cocielo citou seus tweets antigos, de quando era adolescente, que foram resgatados por internautas mostrando outras atitudes racistas. E confessou que apagou mesmo mais de 50 mil mensagens do seu perfil no Twitter, agora X.

Julio Cocielo foi absolvido

De acordo com a defesa do youtuber, suas frases estavam dentro de um contexto de "produção artística e humorística" e que isso estaria respaldado pelo direito constitucional de liberdade de expressão. Sobre o comentário do jogador francês, explicou que a piada era sobre sua velocidade, não sobre a cor da pele.

O juiz afirmou que as frases têm "gosto discutível". "Cabe ressaltar que não houve notícias, durante a fase investigativa ou em juízo, de que o réu tenha tido uma conduta social discriminatória ao longo de sua vida, com episódios envolvendo a prática de racismo", sentenciou ele.