Cleo rasga o verbo sobre papel em América e detona falta de papéis em novelas

Na manhã deste sábado (19), Cleo fez um desabafo sobre os desafios enfrentados devido à pressão estética que a fama lhe trouxe ao longo dos anos. Com uma trajetória artística que se estende desde os seus 18 anos, a artista compartilhou suas reflexões por meio de um vídeo publicado em sua conta oficial do Instagram e criticou seu primeiro papel em novelas, em América (2205).

No vídeo, a filha de Gloria Pires reiterou o seu amor pelo trabalho no mundo do entretenimento, reconhecendo que a imagem de "sex symbol" conferida a ela, embora possa elevar o ego, tem tido um impacto negativo na sua saúde mental. Ela ponderou que, apesar da perspectiva positiva que muitos têm sobre a vida dos famosos, as pressões constantes para manter uma imagem perfeita, jovem e atraente são reais e podem acarretar problemas de saúde mental.

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Com um tom reflexivo, Cleo revisitou os marcos de sua carreira, recordando seu início no filme Benjamin (2003) e, logo em seguida, na novela América, na qual interpretou a personagem sensual Lurdinha. Foi nessa trama, escrita por Glória Perez, que a atriz ganhou notoriedade.

"Embora fosse um papel maravilhoso, ele carregava uma conotação sexual marcante. Não é possível negar que esse papel solidificou a forma como as pessoas passaram a me enxergar. Até então, eu estava confortável com isso, pois é divertido ser vista dessa maneira, mas não apenas dessa maneira. Quando percebi o impacto disso na minha imagem e em minha própria percepção, já era tarde demais", lamentou.

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Cleo mudou para se adaptar

Ela revelou que sentiu que o mercado audiovisual estava incerto sobre como aproveitar o seu talento nos últimos anos, especialmente após atingir a marca dos 35, 37 anos. "Notei que, depois dos 35, 37 anos, os diretores e produtores não tinham mais clareza sobre como me encaixar. O mercado do entretenimento muitas vezes se assemelha a um mercado convencional, onde as produções são produtos exibidos nas prateleiras, e parecia que eles não sabiam mais onde me colocar depois dos meus 35 anos", comparou.

Em resposta a essa dinâmica, Cleo decidiu criar as próprias oportunidades na sua carreira e romper com a imagem estritamente ligada à estética. Para alcançar esse objetivo, a artista tomou a iniciativa de produzir seus próprios trabalhos.

"Se eu quisesse continuar atuando em papéis desafiadores e significativos para mim, eu sabia que precisaria buscar alternativas. Foi exatamente isso que fiz. Transformei em um objetivo pessoal produzir conteúdo audiovisual que não apenas abrisse portas para mim, mas também para outras mulheres que são frequentemente deixadas de lado tão cedo na indústria", concluiu.