Quatro dias: Este foi o período que José Loreto se desfez do modo interiorano de Tadeu, seu personagem em Pantanal, para se entregar para seu novo trabalho na Globo, o esfuziante Lui Lorenzo, de Vai na Fé, nova novela das 7 da Globo. O curto espaço de tempo entre os dois papéis serviram para o ator voltar a ter seu trabalho solicitado e enterrar o fantasma do cancelamento que teve há quatro anos, quando teve uma separação conturbada de sua ex-mulher, Débora Nascimento, mãe de sua filha, Bella, de quase cinco aninhos.
Na ocasião, o artista viu seu nome exposto na imprensa e redes sociais num rompimento pra lá de traumático, já que, naquela ocasião, havia admitido que traiu a atriz. Apesar da sua vida ter virado de ponta a cabeça, José Loreto agradece pelos percalços e comemora os trabalhos feitos após a polêmica, incluindo seu novo papel, que garante ser um dos mais marcantes de sua carreira, conforme disse o ator ao NaTelinha.
"Tem esse risco porque ele é um cara exagerado, mimado, mas é cheio de camadas. Eu não me preocupo com isso porque já estou no momento em que eu largo a mão. Lógico que a gente quer que seja aceito, que caia no gosto popular para receber esse carinho. Acho que o personagem tem carisma, mas tem repulsa também porque ele é um macho tóxico, nascido em ambiente machista. Ele faz a cagad* mas a gente reconhece essa criação, então você dá uma perdoada", afirma.
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"É um dos personagens mais incríveis que fiz. Ele está no meu top 3 da minha carreira. Muito divertido e desafiador. Ou estou fazendo um trabalho muito ímpar, simbólico e marcante na minha carreira que as pessoas vão gostar muito ou vai ser um fiasco, porque é um trabalho ousado."
José Loreto
José Loreto e sua superação em Pantanal
Requerido nas gravações de segunda-feira a sábado, José Loreto só tem o domingo para se preparar no canto e na dança. O ator vem experimentando a rotina de ser um dos protagonistas da história como prêmio por seu trabalho em Pantanal, trama em que interpretou Tadeu. Entre os dois trabalhos, o ator teve apenas quatro dias de descanso.
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"Subi pra serra sexta-feira e voltei terça-feira já pra um ensaio na quarta-feira. Foi muito pouco tempo. Eu já estava me preparava para o Lui lendo os capítulos enquanto fazia Pantanal. O Tadeu já estava muito na minha mão, estava muito à vontade. No Lorenzo, estava preocupado em cantar e dançar. Além disso, me dediquei o tempo com a minha filha também. Foi pequeno, tentei pegar um tempo de qualidade pra passar com ela. Separava uma hora do dia e só queria ser dela. Organizando, está tudo certo", conta.
"O resultado a gente nunca espera, mas eu sou muito otimista. A gente sabia do potencial que Pantanal tinha, um baita personagem. A gente nunca sabe o resultado, e acho que nem tem que ter essa expectativa, só vai deixar rolar e se preparar. Eu relaxo, faço o que aprendi sem ficar preocupado, noiado, senão você trava e não é de verdade. Deixo fluir."
"Sabe por que não? Eu trabalho desde 2005. Desde que fiz Avenida Brasil, em 2012, eu não parei mais. Todo ano tinha trabalho e sempre plantei coisas boas naturalmente, sem forçar. Eu sabia que não ia faltar convites. Acontece altos e baixos na vida, essa montanha russa de polêmicas, fofocas, o mundo se adaptando, essa imprensa louca que se esquece, mas que se renova e se recicla", acredita.
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"Eu não me preocupei. Veio aquele momento tristonho de achar que você vai ficar marcado por algo que você não gostaria, que você não concorda e acha que não te representa, mas nada é à toa. Tudo é um aprendizado. Eu adoro os buracos por onde eu passei. Penso que fez parte, teve seu momento. Tudo acontece na hora certa."
"Nossas conversas são muito abertas. É tudo muito natural quando a gente se conheceu, ela me mostrou coisas do mundo dela que ela vive e eu mostrei o meu. Apresentei os meus trabalhos. Ela é muito inteligente, a gente troca com naturalidade. Não tem esse peso de ciúme, ela me respeita. Ela já entende o meio artístico há muito tempo, sabe como é. É tudo muito natural", conclui.
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