Publicado em 19/03/2012 às 12:30:32
Desde que a televisão no Brasil se solidificou - o que em partes ocorreu graças à Globo - um padrão de produção foi implantado por aqui.
O padrão de que a emissora não se restringe apenas ao seu significado (ou seja, o de emitir) e passa a produzir, coordenar e cuidar de todas as etapas necessárias para que um produto saia da mente de seu autor e se transforme em realidade é quase único em todo o mundo.
É necessário levar em conta o crescimento da participação das produtoras na TV e da qualidade acima da média do que é feito por elas. Emissoras como a Band, Record e Globo têm tido bons resultados e empresas que não fazem TV estão provando que mesmo sem verbas milionárias e autores ou produtores renomados é possível fazer TV com qualidade.
A Band, por exemplo, trabalhou dessa forma - direta ou indiretamente - com "Floribella", da RGB, e trabalha assim com o "CQC" e "A Liga" - curiosamente seus produtos de maior audiência. "Julie e os Fantasmas", da Mixer, é outro exemplo. Já a Record, que já foi parceira da Casablanca em "Metamorphoses" e "Louca Família", volta a investir em negócios deste tipo com "Fora de Controle", em parceria com a Gullane Filmes e no jornalismo, com a Medialand. A Globo, parceira da Lereby, fez "As Cariocas" e agora faz "As Brasileiras".
A maioria dos produtos acima foram premiados ou se destacaram pela qualidade. Até mesmo "Metamorphoses", em meio aos seus diversos problemas de audiência e de texto, se destacou por ter uma qualidade inquestionável e que até mesmo hoje, oito anos depois de sua produção, se destacaria no mercado.
A relação emissora e produtora é bastante forte em vários países do mundo, onde se torna regra e não exceção como no Brasil. Na Argentina, por exemplo, boa parte das produções são terceirizadas. Nos Estados Unidos, o mesmo ocorre. Ainda assim, essa terceirização permite que o canal de TV detenha de certas prerrogativas, como a de mudar rumos de histórias ou de formatos que não estão sendo bem aceitos pelo telespectador.
O investimento em parcerias como estas pode ser benéfico para todas as partes. A emissora pode trabalhar com um orçamento e com uma gestão mais otimizada, afinal não cabe a ela decidir do menor ao maior dos detalhes de uma produção. E para as produtoras a saída é excelente, afinal a demanda aumenta e pode-se ver um novo norte para autores, roteiristas, diretores e profissionais ligados a esta área.
As vantagens das parcerias com produtoras se estendem até mesmo na área jornalística. A Medialand, que produziu o "Operação de Risco" e produz matérias especiais para o jornalismo da Record, é um desses exemplos. São reportagens de alta qualidade técnica e muito bem dosadas, sendo melhor até mesmo que as produzidas pela própria emissora. Existe um amadurecimento, afinal há alguns anos não se podia imaginar a possibilidade de entregar a uma outra equipe uma tarefa tão complexa e de responsabilidade quanto a de produzir um material para o departamento de jornalismo.
A abertura de uma nova frente de mercado é sempre benéfico para todos. O telespectador ganha, com produtos de maior qualidade na TV e com um portifólio maior de opções; as produtoras ganham, com uma maior demanda e com mais profissionais em campo; e as emissoras ganham, afinal poderão levar ao ar atrações mais bem acabadas e com um melhor controle de caixa.
Envie um e-mail para diretodatelinha@natelinha.com.br e converse com o colunista.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Opinião
Crítica
Opinião
Coluna do Sandro
Coluna Especial
Exclusivo
Opinião
Opinião
Análise
Opinião
Lista
Opinião
Coluna do Sandro
Novidade
Opinião
Exclusivo
Opinião
Vai conseguir?
Coluna Especial
Disputa inédita na TV