Viver Sertanejo: Daniel revela curiosidades dos bastidores em sua fazenda: "A vaca ajudou"
Apresentador torce para ter Leonardo na segunda temporada do programa
Publicado em 14/12/2024 às 09:00
Viver Sertanejo estreia neste domingo (15), logo após o Globo Rural. Comandada por Daniel, e com direção de Gian Carlo Bellotti, a atração foi gravada na fazenda do cantor em Brotas, interior de São Paulo, cenário dos encontros do apresentador com outros artistas do mesmo gênero musical.
Na lista, nomes como as duplas Chitãozinho & Xororó, Maiara & Maraísa, Rionegro & Solimões que se juntam a outros, veteranos e novatos, para trocarem experiências e histórias de vida.
Com 40 anos de estrada, Daniel já vinha pensando em fazer algo para comemorar uma data tão emblemática. Tanto que tem percorrido o Brasil com seu mais recente show. O sertanejo, porém, só não imaginava se tornar apresentador de televisão a essa altura da vida.
"Eu já tinha pensado em fazer um podcast quando surgiu o convite para o programa. Tive a honra de participar de algumas coisas [na casa], a mais recente foi no The Voice. A gente vê o fruto de um trabalho feito com carinho e dedicação, e é um presente", disse em conversa virtual com a imprensa, com participação do NaTelinha.
De acordo com Daniel, a proposta do programa é colocá-lo como um grande anfitrião, recebendo os amigos em sua casa para uma boa prosa enquanto dividem um cafezinho com um pedaço de broa, por exemplo.
"A Globo nos deixou à vontade para mostrar o que somos de verdade, e eu pude confirmar o que eu já tinha: solidificar em receber as pessoas, cantar com pessoas. Encontrar duplas mais antigas ainda na ativa com os mais novos".
Daniel
Viver Sertanejo entra em uma faixa que já foi ocupada por outro grande programa do gênero na emissora carioca, o Som Brasil, e que teve nomes como Lima Duarte e o saudoso Rolando Boldrin (1936-2022) à frente.
Hoje, a atração está reduzida a especiais esporádicos, homenageando artista da MPB e sob o comando do jornalista Pedro Bial. Questionado se o programa não seria uma releitura, Daniel diz que não e explica o porquê.
"Acompanho desde sempre as referências de fortalecimento da música sertaneja. O Viver Sertanejo traz muito mais a coisa de agregar, de trazer os amigos para dentro de casa, minha casa, e contar sobre as pessoas que ali estão", esclarece.
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"Ser uma extensão da família, fazer as pessoas de casa se sentirem parte daquele cenário. Aquele que tem um pé na terra, vive no interior, vai sentir a mesma emoção, e quem não tem vai sentir um pouco mais do que a gente sente quando volta pra casa".
Daniel
Daniel, porém, sabe da responsabilidade que carrega em estar à frente da TV, em uma emissora de tamanha importância para o Brasil, e aos domingos. Mas promete dar o seu melhor para quem estiver em casa.
"O que eu posso esperar e garantir às pessoas é a essência daquele lugar. Mostrar, abrir nossa vida para as pessoas que nos acompanham e gostam de música. Levar para os lares um pouco mais do que se vive no campo, com uma boa música que é poderosa e curadora. Somos instrumentos através dela", avalia.
Daniel chorou com participação de Chitãozinho e Xororó
Viver Sertanejo nasceu da vontade de que o gênero musical, tão querido pelos brasileiros, se fizesse ainda mais presente na grade da TV Globo, hoje ocupada pelas apresentações de artistas em programas de auditório e pela cobertura do show Circuito Sertanejo, na festa de peão de Barretos.
De acordo com Gian Carlo Bellotti, o nome do Daniel foi quase que uma unanimidade. "Fizemos o convite, o Daniel nos chamou para irmos à fazenda dele e eu saí de lá pensando que era isso o programa", revela.
"O grande exercício da produção foi a gente se esconder pra deixar o resto à vontade. Como o Daniel é generoso, aberto ao novo e referente ao passado. Foi um acerto".
Gian Carlo Bellotti
Nesta primeira temporada, o programa reuniu cerca de 20 artistas de várias gerações. Segundo Daniel, teve muitos momentos que tocaram fundo o seu coração. Um deles foi a participação de Chitãozinho & Xororó, amigos de longa data.
"Tivemos a honra de ter Chitãozinho e Xororó dentro do barracão, cantando, e foi punk! Quando eu vi foi algo surreal. Tomara que as pessoas sintam o que eu senti", recorda o apresentador com os olhos marejados.
Além da participação da dupla, Daniel cita o encontro das veteranas As Marcianas com a novata Lauana Prado como outro momento marcante desta primeira temporada.
Já sobre as curiosidades de bastidores, o cantor sorri só de lembrar alguns perrengues. "Muitas! Nâo tem como! Por exemplo, inventar de tirar leite de vaca. [risos]. A vaca ajudou, já tinha leite na teta", brinca.
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"Estar debaixo de chuva... Curiosidades com cavalo, que é um animal, se assusta e empaca. Gravando debaixo do pé de manga, eu descalço, cai uma manga na minha cabeça... Muitas coisas acontecem nos bastidores e vamos lembrar depois".
Daniel
Bellotti reforça que toda a equipe sabia das dificuldades de locação e de conciliar as agendas dos artistas com as gravações da atração, mas ao final seu saldo foi positivo e o resultado assertivo.
"Equipe de mais de 100 pessoas. Dificuldade de levar uma produção inteira, mas o clima que a gente queria já estava pronto. Foi um acerto! Saímos de lá felizes e leves. Esse programa foi um presente!", pontua.
Daniel conclui a conversa lamentando que nem todos os nomes pensados para participar puderem gravar por incompatibilidade de agenda. "O Leonardo foi um deles. Eu tenho certeza que se tivermos uma nova oportunidade, ele vai estar. O mais importante agora é eles assistirem, gostarem e querer ir", finaliza o cantor.
