O que Elke Maravilha dizia sobre Silvio Santos? Jurada foi "antagonista" do apresentador
"Todo mundo achava que ele me amava, mas sempre me odiou", revelou a famosa
Publicado em 19/08/2024 às 13:10,
atualizado em 19/08/2024 às 17:05
Elke Maravilha (1945-2016) foi uma figura importante na trajetória de Silvio Santos (1930-2024), que morreu nesse fim de semana. Além de jurada do Show de Calouros, comandado pelo apresentador no SBT, ela se tornou “uma das maiores antagonistas” do Homem do Baú, segundo a biografia, publicada em 2020, com base em depoimentos da famosa.
Em entrevista à Revista IstoÉ, em 2006, Elke Maravilha definiu Silvio Santos como “a pior pessoa do mundo”. E acrescentou: “Coitadinho! Tem gente que é tão pobre, que só tem dinheiro”.
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“Eu nunca briguei com ele, mas um homem que compara Cristo a Collor de Melo [ex-presidente], meu amor... Acho que respeito é bom. Eu consegui ser respeitada por ele, mas foi difícil. Nunca tive muito contato com ele. Ele não é da mesma enfermaria que eu. Não lido bem com falta de respeito.”
Elke Maravilha em entrevista em 2006
A polêmica relação entre Elke Maravilha e Silvio Santos
O livro Elke: Mulher Maravilha, do jornalista Chico Felitti, conta que, após carreira como modelo, Elke Maravilha começou a fazer sucesso como jurada no programa de Chacrinha (1917-1988) na Globo, nos anos 1970. Com a saída do ar do Velho Guerreiro, ela foi trabalhar, com a mesma função, no SBT.
Elke não se adequou ao estilo de Silvio Santos. “Eu não gostava de como ele tratava os calouros. O Chacrinha fazia graça, mas tinha carinho, sabia que aquilo era importante para essas pessoas”, contou à biografia. O livro ressalta que o empresário tendia a ser a favor de qualquer governo que estivesse no poder, e ela, contra.
“Eu continuei trabalhando, por profissionalismo e porque precisava (...), mas não foi o melhor período de trabalho da minha vida, não”, relatou Elke. Nos anos 1980, com o retorno de Chacrinha à Globo, ela retomaria a parceria com o “painho”. Já Silvio, ela tratava como “patrão”, tendo aí uma das supostas origens do apelido.
Silvio Santos achava Elke rebelde; ela o chamava de “frio” e “maquiavélico”
Com a morte de Chacrinha, em 1988, Elke pediu a Silvio para voltar ao SBT. Além do emprego, ela argumentou que precisava “resolver o carma”. Ele a contratou, apesar da convivência difícil: considerava a jurada “rebelde”, enquanto ela afirmava que o patrão era “frio” e “maquiavélico” pela forma como comandava o programa.
Silvio teria tentado “transformar” a contratada, conhecida por só dar dez aos competidores. Depois de levar uma bronca por isso, em 1990, Elke argumentou: "Se você chamar o presidente da República, eu dou abaixo de zero". A discussão ficou acalorada, e a jurada teria respondido:
“Meu amor, neste país nem júri criminal é sério, você vem dizer que isso aqui é sério?! Me poupe! Agora, o cara que está f*dido, eu não vou terminar de f*der ele. Eu tô vivendo às custas dele, você está vivendo às custas dele.”
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"O Silvio espumava de ódio de mim. Todo mundo achava que ele me amava, mas sempre me odiou", disse Elke à publicação. Apesar disso, ela ainda teve um programa solo no SBT, em 1993. A atração saiu do ar após alguns meses, sem aviso prévio, após a celebração de um casamento gay no estúdio.
Silvio foi procurado pelo autor do livro e reagiu ao saber da biografia: "Ô, que maravilha!", disse, na saída do cabeleireiro Jassa, antes de alegar que não dava entrevistas. Quando o jornalista perguntou o que ele achava de Elke, o veterano respondeu: “Absolutamente nada”.
Desentendimento entre Elke e Silvio viralizou nas redes sociais
Nas redes sociais, recentemente, viralizou o trecho de um episódio do Show de Calouros em que Elke e Silvio têm um breve desentendimento. Ela retruca depois de tratar “transformistas”, como eram chamadas na época, com pronomes femininos e ser corrigida pelo comunicador. Veja:
falamuka