OVNIs abatidos no ar: CNN Brasil explica mistério ao vivo
Três objetos estavam sobrevoando os espaços aéreos americano e canadense
Publicado em 12/02/2023 às 17:41,
atualizado em 12/02/2023 às 18:09
Neste domingo (12), a CNN Brasil explicou tudo o que já se sabe sobre os três objetos não identificados que foram vistos sobrevoando os espaços aéreos americano e canadense. Apesar de a situação ainda estar em análise, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a derrubada dos objetos, o que foi feito com a ajuda de aviões caças.
O primeiro objeto não identificado era um balão de vigilância chinês e foi abatido por um míssil AIM-9X de um F-22 na costa da Carolina do Sul no fim de semana passado. O balão estava viajando "bem acima do tráfego aéreo comercial" e funcionários do governo disseram que ele representava pouca coleta de informações e risco militar.
Porém, representava risco para pessoas e propriedades no solo se fosse abatido, pois o que se sabe é que ele tinha cerca de 60 metros de altura e a carga pesava algumas centenas de quilos. Os militares ainda estão trabalhando para recuperar os destroços do balão no fundo do oceano.
Porta-voz do Pentágono, o Brigadeiro General Patrick Ryder afirmou que "localizaram uma quantidade significativa de detritos até agora, o que será útil para nossa compreensão mais aprofundada deste balão e de suas capacidades de vigilância".
Já na sexta-feira (10), um objeto não identificado foi abatido no espaço aéreo do Alasca por um F-22 dos Estados Unidos depois de ter sido monitorado por norte-americanos desde a noite anterior. Os pilotos deram relatos distintos sobre o que observaram depois de se aproximarem do objeto: uns disseram que "interferiu com seus sensores", outros falaram que não experimentaram isso.
Diferentemente do balão chinês, esse segundo objeto se tornou um risco para o tráfego civil, pois voava a 12 quilômetros de altura. Por fim, o objeto que foi abatido no espaço aéreo canadense no sábado (11) estava sendo rastreado desde sexta e foi detectado pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD).
A ministra da Defesa do Canadá, Anita Anand, deu uma entrevista coletiva e disse que esse terceiro objeto era menor do que o balão de vigilância chinês: "O monitoramento continuou hoje quando o objeto cruzou o espaço aéreo canadense, com as aeronaves canadenses CF-18 e CP-140 se juntando à formação para avaliar melhor o objeto".
Governo americano está ansioso em relação aos OVNIS, diz CNN Brasil
De acordo com a CNN Brasil, o fato de três objetos não identificados terem sido abatidos após sobrevoarem os espaços aéreos americano e canadense em uma semana deixou o governo dos Estados Unidos apreensivo.
"O que eu acho que isso mostra, o que provavelmente é mais importante para nossa discussão política aqui, é que realmente temos que declarar que vamos defender nosso espaço aéreo. E então precisamos investir. Teremos que começar a olhar para o espaço aéreo dos Estados Unidos como algo que precisamos defender e que precisamos ter sensores apropriados para isso. Isso mostra alguns dos problemas e lacunas que temos. Precisamos preenchê-los o mais rápido possível, porque agora certamente verificamos que há uma ameaça", disse o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Turner.
Já o deputado de Connecticut Jim Himes, disse à NBC que o governo não está compartilhando tudo o que sabe, mas seu palpite é de que ainda não existam muitas informações para divulgar. Enquanto isso, o líder da maioria no Senado dos EUA, Chuck Schumer, disse que o Congresso precisa investigar porque demoraram tanto a tomar conhecimento sobre os balões espiões.
"Acho que (o senador democrata Jon Tester, de Montana) está investigando por que demorou tanto para nós, nossos militares, nossa inteligência, saber sobre esses balões. Isso é algo que eu apoio. O Congresso deveria olhar para isso. Essa é a pergunta que temos que responder. Acho que nossos militares, nossa inteligência estão fazendo um ótimo trabalho, presente e futuro. Sinto muita confiança no que eles estão fazendo. Mas por que, desde o governo Trump, ninguém sabia disso?", questionou ele.