Dia do Não

Após fortes rumores, Alexandre Garcia garante que não trabalhará com Jair Bolsonaro

Alexandre Garcia deixou a Globo após 30 anos


Jair Bolsonaro e Alexandre Garcia
Alexandre Garcia foi um dos convidados para a posse de Jair Bolsonaro - Reprodução

Cinco dias após surpreender anunciando sua saída da Globo, onde trabalhou por 30 anos, Alexandre Garcia fez um novo comunicado garantindo que não prestará seus serviços ao governo de Jair Bolsonaro, como foi ventilado.

O jornalista foi apoiador público do novo presidente, mas deixou bem claro em um longo texto publicado no Twitter que não voltará a um cargo público que já ocupou durante a gestão de João Figueiredo, na ditadura militar.

Alexandre Garcia esteve na última terça-feira (1º) na posse de Jair Bolsonaro como um dos jornalistas convidados e tirou fotos com ele e o vice, Hamilton Mourão, além do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Em seu comunicado, Garcia relembrou algumas passagens dos tempos que trabalhou com João Figueiredo, inclusive problemas pessoais.

No fim, bradou: "Mesmo sem Globo, hoje não posso deixar na mão os 15 jornais que recebem meu artigo semanal e as 280 emissoras de rádio que amealhei ao longo de 30 anos, e que recebem meu comentário diário, por contrato. Minha origem é o microfone, em que eu falo desde os sete anos, como ator infantil de radionovela, em tempos em que tudo era ao vivo. As rádios me permitem chegar aos capilares do país, todos os dias pela manhã".

Confira o texto na íntegra:

Carreira:

Alexandre Garcia chegou à Globo em março de 1988 e entre seus primeiros trabalhos na emissora, apresentou um quadro de crônicas com seu nome no "Fantástico".

Na mesma época, também foi repórter especial do "Jornal Nacional", "Jornal Hoje" e "Jornal d Globo".

Fez parte da equipe que cobriu a promulgação da Constituição de 1988 e as eleições presidenciais de 1989. Ao lado de Joelmir Beting, apresentou o programa "Palanque Eletrônico", no qual entrevistou todos os candidatos à Presidência. Também foi um dos mediadores nos dois debates entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor, no segundo turno das eleições.

De 1990 a 1995, Alexandre Garcia foi diretor de jornalismo da Globo em Brasília, onde acompanhou a posse de Fernando Collor na presidência e a decretação do Plano Brasil Novo, o Plano Collor. Dos estúdios da emissora, junto com Joelmir Beting, Paulo Henrique Amorim e Lillian Witte Fibe, tentou esclarecer as dúvidas dos telespectadores com relação ao plano econômico do governo.

Em 1996, Alexandre Garcia passou a apresentar o "Espaço Aberto" na Globo News. No ano seguinte, fez uma série de reportagens para o "Jornal Nacional" sobre a Justiça, discutindo os problemas que levam ao atraso dos processos e a burocracia do Poder Judiciário no país.

De 2001 até 2011, o jornalista também apresentou o jornal local "DFTV – 1ª Edição", e depois assumiu a função de comentarista no telejornal, fazendo análises diárias. De Brasília, participou da cobertura das eleições presidenciais de 2002, de 2006 e de 2010.

Nos últimos tempos, Garcia fazia parte do grupo de apresentadores do "Jornal Nacional" aos sábados e era comentarista do "Bom Dia Brasil" fazendo de Brasília os análises sobre a política brasileira.

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