Crítica

Sindicato dos artistas detona Max e faz cobrança sobre Beleza Fatal: “Que feio”

Segundo o comunicado, a novela conta com atores sem registro profissional


Cena da novela Beleza Fatal
Camila Pitanga e Caio Blat são protagonistas da novela - Foto: Reprodução/Max
Por Daniel César

Publicado em 10/02/2025 às 22:15,
atualizado em 11/02/2025 às 10:43

O SATED-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro) publicou nesta segunda-feira (10) uma nota criticando a produção da novela Beleza Fatal, transmitida no serviço de streaming Max. O sindicato acusa a produtora Coração da Selva de descumprir a legislação trabalhista e desrespeitar os direitos dos artistas envolvidos na obra.

Segundo o comunicado, a novela conta com atores sem registro profissional e contratos não visados pelo sindicato, o que, de acordo com a entidade, está em desacordo com a Lei 6533/78.

Essa legislação regulamenta a profissão de artistas e técnicos de espetáculos no Brasil e exige que os contratos sejam submetidos à apreciação do órgão de classe.

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O sindicato afirma que contratos não visados são considerados ilegais e só recebem atenção quando ocorrem problemas trabalhistas mais graves.

O órgão questiona a postura da produtora e da plataforma de streaming ao exibir a novela sem regularizar a situação dos profissionais envolvidos.

A nota também menciona que a produção da novela foi questionada pelo Ministério do Trabalho e teria se recusado a participar de uma mediação sobre as irregularidades apontadas.

O sindicato cita o processo SM007288/2023 como referência à tentativa de diálogo que, segundo a entidade, não avançou.

Questionamento sobre acordo com a Band

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Outro ponto abordado na publicação é a suposta pressão exercida sobre os atores que questionaram a exibição da novela. De acordo com o SATED-RJ, os profissionais foram incentivados a abrir mão de direitos considerados irrenunciáveis pela legislação brasileira.

O sindicato classificou a postura da produção como inadequada e questionou a falta de consequências para essas irregularidades.

“Que feio! Como uma produção que depende do talento dos artistas pode tratá-los dessa forma? Como uma produtora permite que essas irregularidades aconteçam sem qualquer consequência?”, questionou.

Segundo a entidade, a situação reflete um processo de precarização do setor de teledramaturgia, o que compromete os direitos dos profissionais envolvidos na produção audiovisual.

A novela Beleza Fatal tem ganhado destaque no catálogo do streaming Max e também foi vendida para exibição na Band, emissora de televisão aberta. Até o momento, a plataforma não se pronunciou sobre as denúncias feitas pelo SATED-RJ.

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