Às vésperas das eleições, relembre 10 políticos da teledramaturgia
Publicado em 05/10/2018 às 06:00
No próximo domingo (7), o Brasil vai às urnas para eleger presidente, governador, deputados e senadores. Há 45 dias, o país vem acompanhando a agenda dos candidatos que percorrem as cidades na expectativa de conquistar o eleitorado com suas propostas.
Na teledramaturgia, já tivemos muitos personagens que ingressaram na carreira política e, de certa forma, retrataram um pouco a nossa realidade.
Destacamos 10 nomes que se destacaram nas novelas.
Confira!
Romildo (Milton Gonçalves), “A Favorita” (2008)
Ele ingressou na Câmara dos Deputados através de favores políticos. Corrupto, construiu sua carreira à base de muita falcatrua, mas se arrependeu quando sua filha, Alicia (Taís Araújo), foi vítima de baça perdida. O peso na consciência fez com que ele confessasse todos os seus crimes.
Lucas Cantomaia (Francisco Cuoco), “Eu Prometo” (1984)
Na última novela da autora Janete Clair em parceira com Gloria Perez, o deputado Lucas Cantomaia (Francisco Cuoco) era um homem muito popular. Casado com Darlene (Dina Sfat), se vê em diante do dilema de abandonar carreira política e a família para viver um romance com a fotógrafa Kely (Renée de Vielmond), por quem se apaixona. A novela abordava os bastidores da política, incluindo a campanha do protagonista ao Senado, quando Lucas precisou enfrentou o ambicioso Horácio Ragner (Walmor Chagas).
Demóstenes (José Wilker), “Fera Ferida” (1993)
Na trama, o Prefeito da cidade fictícia de Tubiacanga era um político corrupto e sem escrúpulos. Pai da protagonista Linda Inês (Giulia Gam), era amante de Rubra Rosa (Susana Vieira), esposa de seu rival político Numa (Hugo Carvana).
Bonifácio (Cássio Gabus Mendes), “Lado a Lado” (2012)
No Brasil pós escravidão, Bonifácio era um homem rude, machista e violento que traía a esposa e maltratava o filho. Sem escrúpulos, abusava do seu poder de Senador da República. No final da trama, foi obrigado a admitir seus crimes de corrupção em praça pública.
Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), “O Bem-Amado" (1973)
Através do humor e sempre fugindo da censura, o saudoso Dias Gomes conseguiu criticar o período da ditadura militar no Brasil. Na trama, o prefeito da cidade fictícia de Sucupira é um homem corrupto e sem nenhum escrúpulo. Durante sua gestão pública, seu maior objetivo é inaugurar o cemitério local. Para que seu desejo seja concretizado, ele não se cansa de criar situações mirabolantes com o intuito de que alguém morra. Depois de inúmeras falhas, Odorico decide trazer de volta à cidade Zeca Diabo (Lima Duarte), um matador de aluguel “redimido” que tem como missão tirar a vida de alguém para que o cemitério finalmente possa ser inaugurado.
Senador Roberto Caxias (Carlos Vereza), “O Rei do Gado” (1996)
Neste caso, Benedito Ruy Barbosa trazia para a TV um político incorruptível. Na trama, Carlos Vereza interpretava o Senador Roberto Caxias, um homem íntegro e compromissado com a política. Dentre os principais temas da novela tínhamos a reforma agrária e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em uma das cenas mais emocionantes e polêmicas da trama, o Senador Caxias discursa em favor dos sem-terra para um plenário com a presença de apenas três senadores, sendo que um estava dormindo, o outro lendo o jornal e o terceiro falando ao celular. O parlamentar morre com um tiro durante um atentado contra Regino (Jackson Antunes), um dos líderes do movimento MST.
Sassá Mutema (Lima Duarte), “O Salvador da Pátria” (1989)
Escrita por Lauro César Muniz, a novela foi exibida no ano em que o Brasil votou para Presidente pela primeira vez desde o término do regime militar. Na trama, Sassá Mutema (Lima Duarte) é um trabalhador rural, analfabeto, que se deixa manipular pelo Deputado Federal Severo Toledo Blanco (Francisco Cuoco). Acusado de assassinato, consegue provar sua inocência. Acaba se transformando em candidato a Prefeito da cidade de Tangará e se elege. Inicialmente, o personagem se tornaria Presidente da República, mas o autor mudou de ideia por causa das eleições daquele ano.
Florindo Abelha (Ary Fontoura), “Roque Santeiro” (1985)
Na trama escrita pelo saudoso Dias Gomes em parceria com Aguinaldo Silva, Florindo Abelha (Ary Fontoura) era o típico Prefeito que servia apenas para esquentar a cadeira. Quem realmente mandava e desmandava na cidade fictícia de Asa Branca era Sinhozinho Malta (Lima Duarte), um coronel dono de grande parte das terras da região. Florindo ainda era manipulado pela esposa, Pombinha Abelha (Eloisa Mafalda), que fazia o marido de “gato e sapato”. Beata fervorosa, ela era líder de um grupo de mulheres que lutavam pelo conservadorismo na cidade. A trama original foi escrita em 1975, mas acabou sendo censurada na época.
Reginaldo (Eduardo Moscovis), “Senhora do Destino” (2004)
Reginaldo (Eduardo Moscovis) era o filho mais velho da protagonista Maria do Carmo (Susana Vieira). Revoltado com a vida miserável que levou, tornou-se um homem muito ambicioso. Graças à boa reputação da mãe, ele consegue se eleger Prefeito de Vila São Miguel. Como político, se envolve em muitas falcatruas. Para isso, conta com a fidelidade de Viviane (Letícia Spiller), sua assessora parlamentar e amante. No final da trama, os crimes cometidos por Reginaldo são descobertos e ele acaba sendo apedrejado na rua e morre.
Ascanio (Reginaldo Faria), “Tieta” (1989)
Neste grande sucesso baseado na obra de Jorge Amado, Ascanio (Reginaldo Faria) é o exemplo do político correto e honesto. Sonha em trazer o progresso para a cidade onde nasceu e cresceu, mas sempre pensando nas necessidades da população. Quando consegue instalar luz elétrica no município decide se empenhar para transformar Santana do Agreste em um polo turístico, a fim de movimentar a economia, mas encontra pelo caminho a resistência dos poderosos da cidade.