Exclusivo

Maria Fernanda Cândido define Joyce de "A Força do Querer": "representante do velho mundo"

Atriz vive socialite rodeada de conflitos na novela das 21h da Globo


mariafernandacandido-joyce-aforcadoquerer_b2f729d424bf20cdb3d8e32e65d7252bd7343f17.jpeg
Divulgação/TV Globo

Com 20 anos de carreira e acumulando papéis marcantes, como a Paola de "Terra Nostra" e a Nina de "Esperança", Maria Fernanda Cândido está de volta às novelas em "A Força do Querer" após um período afastada.

A sua última novela foi "Lado a Lado", encerrada em 2013, e de lá para cá decidiu priorizar a família - sempre de forma bastante discreta. São raras as suas aparições ao lado de seus filhos.

O retorno de Maria Fernanda não poderia ser em melhor estilo: ela interpreta a Joyce, socialite de "A Força do Querer" que é mãe de uma garota que se revela transexual e de um rapaz que decide romper com todos os planos imaginados por ela para se casar com uma sereia. "Uma personagem circundada de conflitos", classifica.

Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, a atriz falou sobre seu retorno às novelas e o desafio de fazer parte de um núcleo recheado de conflitos.

Confira:

NaTelinha - Você está de volta às novelas após um longo período e com um personagem grande, que deverá seguir até o final em um texto de Glória Perez com direção de Rogério Gomes. Como sua volta foi negociada? O que te motivou?

Maria Fernanda Cândido - Recebi o convite do nosso diretor, Rogério Gomes, e aceitei. É uma alegria enorme porque eu acho que os dois fazem uma belíssima dupla, para nossa sorte. O fato dos meus filhos estarem maiores tornou possível o meu compromisso com a novela.

NaTelinha - Você interpreta a Joyce, uma mulher refinada e que tem conflitos tanto em seu casamento, ameaçado por Irene, quanto com a filha Ivana, que vai se revelar trans. Como encara este desafio?

Maria Fernanda Cândido - Joyce é uma personagem circundada de conflitos, conservadora e avessa aos riscos. Ela vive à flor da pele, busca a segurança e preservar o patrimônio da família e sua vida confortável. É um belo desafio.

NaTelinha - Uma das tramas mais aguardadas de "A Força do Querer" é a que está se desenvolvendo por conta de Ivana e sua família, assim como a relação dela com o filho Ruy, que de forma repentina rompe com todos os sonhos que a mãe tinha para ele. Como você vê essa relação?

Maria Fernanda Cândido - Conversei com algumas mães que compartilharam comigo um pouco da experiência que viveram e ainda vivem. A Joyce tem uma grande dificuldade em se desapegar daquilo que sonhou e idealizou para os seus filhos. Este será o seu grande desafio: compreender a realidade que seus filhos vivem, enxergar verdadeiramente quem são eles e quais são os seus desejos e anseios.

NaTelinha - Joyce é uma mulher que não tem traços de vilã, mas que não consegue enxergar os problemas da filha como também não conseguiu enxergar a infelicidade do marido. Ao que você acha que essa desatenção se deve? Você defende a personagem?

Maria Fernanda Cândido - Eu não defendo a personagem. Apenas faço o exercício de aceita-la à sua maneira. E percebo que ela tem muitos defeitos, mas vejo também que ela tenta acertar. Ela tem grande dificuldade de aceitar que as pessoas podem ser felizes de maneiras diferentes das quais ela acredita. Então, no lugar de desatenção, eu diria que há uma incapacidade de compreensão e uma pouquíssima abertura a diversidade.

NaTelinha - Diante disso tudo, como você descreve a Joyce?

Maria Fernanda Cândido - A Joyce é uma grande representante do velho mundo, do conservadorismo. E a novela da Gloria Perez está nos apresentando questões do mundo contemporâneo que estão aí, batendo à nossa porta. E Joyce é justamente a personagem que vai se confrontar com tudo isso.

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado