Hytalo Santos é preso em SP: acusado por exploração e exposição de menores
Influenciador ganhou fama nacional nos últimos dias
Publicado em 15/08/2025 às 10:23,
atualizado em 15/08/2025 às 10:41
Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos na manhã desta sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Santos é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores de idade em conteúdo produzido para a internet.
O caso ganhou grande repercussão ao longo da semana depois das denúncias do influenciador Felca em seu canal no YouTube. O vídeo intitulado Adultização conta com mais de 40 milhões de visualizações na plataforma e virou matéria nos principais de canais de TV no país.
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Diante do conteúdo exposto, Hytalo Santos foi alvo de medidas da Justiça da Paraíba numa resposta a uma ação civil pública do MPPB, além de mandatos de busca e apreensão. A prisão deles envolveu o MP-PB em atuação conjunta com o MPT, Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, além da Polícia Rodoviária Federal.
A prisão de Hytalo Santos
As ordens de prisão foram expedidas pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
De acordo com o magistrado, existem "fortes indícios" de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular. As autoridades também alegam que houve produção de vídeos com divulgação em redes sociais e constrangimento de crianças e adolescentes.
A Justiça da Paraíba ordenou o bloqueio de Hytalo às redes sociais na última terça-feira (12). A promotora do MPPB Ana Maria França também mandou que os vídeos dele fossem desmonetizados. Isto é, parassem de gerar dinheiro.
Outra proibição é de que Hytalo não pode ter contato com os adolescentes envolvidos nos processos.
A Justiça da Paraíba apreendeu um computador e diversos aparelhos celulares na mansão de Hytalo, na Paraíba. As autoridades conseguiram acessar o interior do imóvel e tinham autorização para arrombar as portas em caso de resistência.
A defesa do influenciador alega que ele "não tinha conhecimento da execução de mandado de busca e apreensão". Hytalo afirma estar à disposição das autoridades e acrescentou: "Jamais compactuou com qualquer ato atentatório à dignidade de crianças e adolescentes e que tudo restará definitivamente provado no curso da investigação e perante o público que nele confia e o acompanha nas redes sociais".
A investigação do MPPB, contudo, começou no ano passado. Foram analisados, de maneira muito criteriosa, mais de 50 conteúdos, 50 vídeos veiculados nas diversas redes sociais mantidas por Hytalo Santos. Foram colhidos mais de 15 depoimentos de pessoas vinculadas ao projeto de produção de conteúdo digital, incluindo pessoas que trabalharam para ele em diversos momentos. Foram analisados diversos documentos", disse o procurador Flávio Gondim.
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