Dois caminhos

Tiago da primeira versão de Vale Tudo, Fábio Villa Verde revela segunda profissão

Aos 54 anos, o ator está escalado para a próxima produção bíblica da Record, A Vida de Jó


Fábio Villa Verde
Fábio Villa Verde deu vida a Tiago Roitman na primeira versão de Vale Tudo - Foto: Reprodução/Instagram/Globo/Montagem NaTelinha

Intérprete de Tiago Roitman na primeira versão de Vale Tudo (1988), Fábio Villa Verde, 54, revelou que, apesar de dispor de uma série de trabalhos no currículo - ele está escalado para A Vida de Jó, próxima produção bíblica da Record, a trama da Globo foi o seu projeto mais marcante até hoje.

"Parou o país. Nós sentíamos isso no dia a dia, nas ruas. A novela era vivida e discutida pelo público. Nós éramos parados nas ruas. No meu caso, era discutida a sexualidade do personagem, se ele era homossexual ou não, se ele era apenas um menino frágil que sofria com a opressão do pai e com a sensibilidade da mãe", lembrou o ator em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo.

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"Eu tenho um carinho, guardo um saudosismo muito gostoso daquele momento, mas entendo que o momento hoje é outro. Eu não posso esperar sair na rua e ser parado como eu era há 37 anos. Na época, a gente não tinha um momento de anonimato. Não tinha um momento em que eu podia ir ao shopping, tomar um sorvete. É quase como o Cauã Reymond hoje em dia. Por mais que ele tente ser normal no dia a dia dele, não tem como. Outro dia ele foi na academia malhar e virou assunto (risos)", brincou Fábio Villa Verde.

Quando integrou o elenco de Vale Tudo, Fábio tinha 17 anos e se preparava para prestar o vestibular. "Eu estava terminando o ensino médio para fazer vestibular. As pessoas me abordavam o tempo inteiro. Era muita zoação dos amigos. Na época a gente não entendia o que era o bullying. O que faziam nem era visto como bullying. Eu tirava de letra, nunca me senti incomodado com isso", comentou o artista.

"O Tiago, meu personagem, tinha a questão da sensibilidade, que o preconceito da época entendia como homossexualidade. O Gilberto Braga foi fantástico em ser sensível, em propor essa discussão. Outros dois personagens da novela (Laís e Cecília) tiveram problemas com a questão do preconceito. O Gilberto Braga teve que matar uma das personagens por questões de preconceito. O público amadureceu. Hoje o público consome esses temas com mais naturalidade", analisou Villa Verde.

Fábio confidenciou que, quando soube que Pedro Waddington faria o papel no remake, ligou para o pai do ator, o diretor Ricardo Waddington, para desejar boa sorte. "Desejei para o Pedro todo o sucesso que o Tiago Roitman deu à minha vida. Que ele pudesse ter na vida dele as mesmas oportunidades que eu tive com esse personagem. O Tiago é um personagem pelo qual eu tenho um amor imenso, marcou a minha vida. O Pedro disse no programa da Patrícia Poeta que chegou ao conhecimento dele a minha ligação e que ele ficou grato. Só que ele escolheu um outro caminho, que foi o de não assistir à novela para não se influenciar. É o caminho dele", disse.

Fábio Villa Verde fala sobre segunda profissão

Tiago da primeira versão de Vale Tudo, Fábio Villa Verde revela segunda profissão

No papo, Fábio Villa Verde comentou sobre a sua segunda profissão, que ele tem em paralelo à de ator - o famoso é vice-presidente de uma grande empresa de comunicação.

"Eu não parei minha carreira. Eu sempre conciliei minha carreira com os estudos. Logo que saí da escola, eu estava fazendo Direito, mas tive que parar a faculdade. Era uma correria muito grande. Na época em que eu estava na faculdade, eu estava fazendo Malhação, na Globo, e teatro. Era muita coisa. Hoje a minha vida é muito dividida também", explicou.

"O último projeto que eu fiz na Record foi a novela Gênesis, em 2022. Já fechei a próxima novela da Record, A Vida de Jó. Estou há sete anos em cartaz com uma peça de teatro, viajei o Brasil com o espetáculo Um Casamento Feliz. São muitas coisas, que, como artista, a gente vai experimentando durante a carreira. Às vezes não atinge a massa como uma novela das 20h, mas estamos aí", declarou Fábio.

Por fim, Villa Verde falou da atuação no setor de comunicação. "Eu vim para São Paulo como vice-presidente de comunicações de um grande grupo. Esse meu contato com o mundo executivo me deu uma visão empresarial que eu coloco em prática no meu dia a dia também, onde eu produzo as minhas peças de teatro. Eu não fico esperando. Eu já vivo os contratos por obra desde a minha saída da Globo, que foi em 1995 ou 1996", contou.

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