Rosi Campos revela bastidores de novela do SBT após a morte de Silvio Santos

Rosi Campos volta a trabalhar com crianças em A Caverna Encantada. Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, a atriz fala da conexão com o público infantojuvenil, relembra papéis de sucesso em novelas da Globo e conta como foi a volta do elenco ao trabalho no SBT após a morte de Silvio Santos (1930-2024).

O papel de Rosi Campos é o da Detetive Shirley, que forma uma dupla divertida com a irmã Wanda, personagem de Magali Biff. A Caverna Encantada marca o reencontro da veterana com as crianças, seu público cativo desde a Tia Morgana do Castelo Rá-Tim-Bum, marco na TV Cultura nos anos 1990.

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“Sinto que tenho uma conexão especial com as crianças desde a experiência que tive com o Castelo. Agora, queremos transmitir uma mensagem legal com esse universo das detetives, da curiosidade, da pesquisa, da leitura. Estou recebendo respostas bem positivas. As crianças estão gostando bastante, acho que está funcionando. Estamos nos divertindo muito, a Magali e eu.”

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A novela tem o desafio de conquistar a audiência das crianças, na TV e no streaming – além da transmissão no SBT, os capítulos vão para o Disney+ –, competindo com vários outros estímulos que chegam até elas atualmente. Questões que não interferem no trabalho da atriz; para ela, a relação com os pequenos de hoje é a mesma de tempos atrás.

“As crianças têm uma facilidade para captar todas as épocas, todas as coisas interessantes que foram feitas. Você vê o Harry Potter: as crianças esperavam ansiosas para sair um livro de 700 páginas… Quando a criança se interessa, tanto faz. Você não precisa nem fazer uma coisa muito moderna nem muito antiga.”

“Estamos dentro da normalidade, reverenciado o grande homem que foi e é o Silvio Santos”

A equipe de A Caverna Encantada manteve o cronograma de filmagens após a partida de Silvio Santos, que morreu aos 93 anos em 17 de agosto. Rosi Campos conta como foram os bastidores das gravações nos dias seguintes à morte do dono do SBT.

“As gravações estão sendo feitas normalmente. Claro, está todo mundo chateado, principalmente as pessoas que trabalharam diretamente com ele, o Liminha, todo o pessoal de estúdio… São pessoas muito gratas, que tiveram a sorte de conviver com ele todo esse tempo. Estamos dentro da normalidade, só reverenciado o grande homem que foi e é o Silvio Santos.”

Entre os anos 1980 e 1990, com o grupo Circo Grafiti, ela esteve em cartaz com a peça Almanaque Brasil e foi prestigiada pelo empresário, que assistiu à montagem. A presença do famoso apresentador na plateia chamou a atenção do elenco na época.

“Ele não pedia convite, não. Ele pagava, esperava todo mundo entrar e depois entrava. No dia, falei para o elenco: ‘Pelo amor de Deus, o Silvio Santos está aí, não vão fazer brincadeira com ele!’. Assim como ele entrou, ele saiu. No dia seguinte, mandou um telegrama muito bonito, falando da peça, que tinha gostado muito. Silvio sempre foi ao teatro, nos prestigiava. Sempre fazia divulgação tanto de teatro quanto de música e cinema.”

Atriz colecionou sucessos em novelas: “Tive uma carreira muito legal na Globo”

Em breve, Rosi Campos também poderá ser vista no Canal Viva com a reprise de Cara e Coroa (1995). “Foi a minha primeira novela na Globo. Fui para lá sem saber muito bem como lidar. A [Christiane] Torloni me ajudou muito. Os atores e também os câmeras davam muitas indicações.”

Nos anos seguintes, ela emendou personagens na Globo. Como as mais marcantes, cita a prostituta Maria Tomba Homem da minissérie Hilda Furacão (1998) e a matriarca Edilásia Sardinha, a Mamuska de Da Cor do Pecado (2004). Os trabalhos mais recentes na emissora foram em Êta Mundo Bom! (2016), O Tempo não Para (2018) e A Dona do Pedaço (2019).

“Tive uma carreira muito legal na Globo. Não lembro de nenhum fracasso, não. Todas as novelas foram muito equilibradas. Claro, quando você faz uma novela das nove, há mais chance de fazer muito sucesso, mas tive a sorte de não ter nenhum fracasso retumbante.”

Confira o resumo semanal de A Caverna Encantada:

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