Matteus se pronuncia, confirma fraude em cota na faculdade e revela culpado
Ex-BBB alegou que não deu consentimento na hora da inscrição
Publicado em 14/06/2024 às 19:20
Na tarde desta sexta-feira (14), Matteus Amaral se pronunciou sobre a polêmica envolvendo sua inscrição no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR), faculdade na qual o gaúcho teria ingressado por meio da Lei de Cotas ao se autodeclarar preto. O ex-BBB confirmou a fraude, mas alegou que tudo foi feito por terceiros.
"Recentemente, surgiram informações de que, em 2014, fui inscrito no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha sob a modalidade de cotas para pessoas negras. Esta nota tem como objetivo esclarecer as circunstâncias dessa inscrição e expressar minha posição a respeito", iniciou.
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Em texto publicado nos Stories do Instagram, Matteus, que cursou Engenharia Agrícola, seguiu: "A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio".
"Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção", alegou o Alegrete.
Por fim, Matteus se desculpou: "Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso continuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido".
Faculdade confirmou fraude em inscrição de Matteus
Mais cedo, quando já circulavam os rumores de que Matteus Amaral teria entrado na faculdade por meio do sistema de cotas raciais, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) divulgou uma nota confirmando a informação.
A instituição explicou que, na época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato. Ou seja, tudo partia mais de uma questão de consciência da pessoa no ato de inscrição. "Não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato", acrescentou.
"Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época", sustentou o IFFar.
O comunicado reforçou: "Em 2014 o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos. Essas informações constam no Edital nº 046/2014, que é público e traz o resultado da seleção desse curso naquele ano".
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