Mãe do filho de Jô diz ter tentado evitar exposição e lamenta abandono afetivo

Jô foi solto depois de passar uma noite na prisão em Campinas, interior de SP. Ele foi preso por falta de pagamento de pensão alimentícia do filho Arthur, de 9 anos de idade. A mãe da criança, a publicitária Samia Luedy, garantiu que tentou ao máximo evitar a exposição e que procurou contato com o jogador do Amazonas, mas não teve respostas. Além disso, ela reclama que o jogador abandonou o pequeno afetivamente.

"Nunca tive problema com o Jô. Desde que o meu filho nasceu, eu era bem restrita, não postava nada dele nas redes. Tem muita gente que nem sabe que meu filho é dele. Agora sabem, não teve jeito. Ele nunca apareceu em audiência, em nada. Foi atrasando [o pagamento da pensão] um, dois meses, e o mandado de prisão saiu", disse em entrevista concedida à Quem nesta quarta-feira (8).

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Quando saiu o mandato, tentou novamente contato com o Jô, mas não houve resposta. Por meio da Justiça, tudo foi regularizado. "Assinei o acordo dando o meu ok", acrescentou ela.

Jô pagou pensão após ser preso

A advogada do atleta reclamou que Samia cobrava meses já pagos. E que a quantia recebida por ela é alto. "O valor foi reduzido em mais do que 1/3. Foi pago, e hoje não existe débito, existe um acordo a ser pago de uns valores bem antigos."

Ela garante também que o montante é uma "pequena fortuna". "Muito provavelmente existem pessoas com bons empregos que não recebem o valor de pensão que ela recebe. Posso garantir que um trabalhador tem que ralar muito para receber o valor que ela recebe de pensão. A mãe tem que entender que a pensão é destinada única e exclusivamente para a criança."

Abandono afetivo de Jô

Atualmente, Samia vive na cidade Ibirataia, na Bahia. Inicialmente, os valores da pensão eram no dia 15, mas ele mandava dia 20. "Todos os compromissos que tínhamos começaram a atrasar. Tinha que negociar na escola, manejar para pedir para esperar", recordou.

Em 2022, os atrasos aumentaram. Mas o pior, segundo ela, é o fato de Jô não se preocupar com a criança. "Comecei mais a pegar no pé, porque não via a aproximação dele com o Arthur. Teve um abandono afetivo. Tentava que eles se falassem, e parecia que quem era o pai do menino era o advogado do Jô. Quando era aniversário do Jô, o Arthur mandava vídeo para o advogado, que repassava para ele. O advogado que fazia a ponte entre o Arthur e o Jô", revelou.

Com 9 anos de idade, ela afirma que Arthur só teve contato com Jô em dois momentos: aos 2 anos, quando ela o levou a um hotel onde Jô estava em Salvador para fazer DNA, e aos 4, numa chamada de vídeo, depois da insistência do próprio advogado do atleta.

Jô e Samia

Samia relatou que conheceu Jô em Salvador, quando passaram 15 dias juntos. Ela garante que o jogador estava separado. E o acesso a ele não é nada fácil.

"Se você for perguntar a todas as mães [ele tem oito filhos, sendo seis fora do casamento], todas vão confirmar isso. Tenho contato com algumas delas. E todas têm dificuldade para falar com ele. Quando as crianças eram pequenas, até entendia a questão da esposa dele. Mas hoje o meu filho já fala por telefone, manda áudio, escreve e lê. Ele não precisaria me ligar para falar com o filho dele. Ele falaria direto com o Arthu."

Por fim, lamenta ter que chegar ao extremo. "O Jô sempre achou que a prisão não aconteceria. Não estou feliz. Quem estaria feliz com essa situação? Até porque penso no meu filho. [...] Esse abandono afetivo dele com o Arthur dói. Ele fica pedindo para ligar para o pai. Só que não pode porque não tenho o número do Jô. Ele me ligou de um número que acredito que seja da esposa dele, por isso não dou para o meu filho", encerrou.