Último adeus

Eduardo Suplicy contraria profecia e vai ao velório de Rita Lee

Em sua autobiografia, cantora disse que nenhum político se atreveria a ir ao seu velório


Eduardo Suplicy e Rita Lee em foto montagem
Eduardo Suplicy explicou sua ligação com Rita Lee - Fotos: Divulgação

Eduardo Suplicy contrariou um pedido de Rita Lee e compareceu ao velório para se despedir da cantora nesta quarta-feira (10). Em sua autobiografia publicada em 2016, a rainha do rock brasileiro fez uma profecia da sua própria morte e disse que nenhum político se atreveria a comparecer ao seu velório.

"Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los", escreveu na ocasião. Pouco depois de chegar ao Planetário, em São Paulo, onde o corpo é velado, o deputado estadual contou porque marcou presença no adeus a Rita Lee.

"Certo dia, em 2008, eu fui ao show dela, e, em certa altura, ela me convidou, quando eu era senador, para cantar Blowin' In The Wind, do Bob Dylan. Eu fui lá e cantei, foi uma experiência maravilhosa", relatou. Na sequência, disse saber da profecia da cantora.

"Eu sei que ela, no último livro dela, faz uma declaração pedindo aos políticos que não compareçam ao velório dela, senão ela vai se levantar e até xingar os políticos. Mas eu tenho a certeza que, no meu caso, ela vai me tratar como um amigo", disse. "Na mesma maneira, quando eu fui no lançamento do livro dela, ela me deu um abraço tão afetuoso, eu vou procurar abraçá-la hoje também", completou.

Eduardo Splicy ainda elogiou e apontou o legado que Rita Lee deixa: "Uma extraordinária cantora, compositora, que tantas canções fizeram com que o povo brasileiro, não apenas em São Paulo, cantasse junto com ela".

Rita Lee acertou outros trechos da profecia

Ainda na profecia escrita na autobiografia, a cantora escreveu que depois de morrer receberia palavras de carinho de quem a detesta, rádios tocariam suas músicas sem cobrar jabá, colegas diriam que ela faria falta no mundo da música e batizaria com seu nome uma rua sem saída. E os fãs entoariam Ovelha Negra, como de fato ocorreu.

Rita também falou abertamente sobre o Planetário, onde seu velório é realizado. Chamado por ela de "floresta encantada", o local seria ideal para montar um acampamento e realizar piqueniques aos domingos.

Quando o Parque do Ibirapuera foi inaugurado em homenagem aos 400 anos de São Paulo, Rita Lee torceu o nariz. Disse que suas pequenas hortas foram destruídas, e a floresta deu lugar ao asfalto, cimento e algumas construções de "gosto duvidoso".

O corpo de Rita Lee, depois do velório, será cremado, assim como era de sua vontade. A cerimônia será particular.

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