Carol Marçal fala sobre inversão de papéis no casamento e os prejuízos que isso tem trazido
Publicado em 01/08/2020 às 14:51
Homem e mulher não são iguais, nunca foram e nunca serão. São seres humanos, mas com características bem definidas, e, para um relacionamento dar certo, é crucial que essas diferenças sejam respeitadas e que cada um cumpra bem seu papel. Para Carol Marçal, referência nacional quando o assunto é casamento e família, assumir seu papel é determinante para o sucesso do relacionamento.
Segundo ela, o feminismo nos trouxe uma falsa liberdade. Um tema que foi muito deturpado pela mídia, algo que foi criado de uma forma que desvaloriza tanto mulheres, homens e seres humanos, foi fantasiado como algo belo e digno. "O X da questão do feminismo é que as conquistas que iriam acontecer naturalmente pela liberalismo foram forçadas e criou-se uma falsa liberdade sexual. As pessoas acham que ter o governo sobre o próprio corpo é poder tratá-lo de forma desvalorizada e degradante. Consequentemente, o feminismo transformou a mentalidade de tal forma que antes o sexo masculino que era tido como forte, viril e provedor, passou a ser visto como um ser quase que desnecessário, muitas vezes tido até mesmo como tóxico. Entretanto, nunca vi uma mulher se vangloriar de ter um marido frouxo, até porque homem frouxo não sustenta família, não prospera", diz Carol.
E completa: "Se o homem foi criado por um homem inseguro, ele será inseguro. Se foi criado por um homem autoritário, ou será muito bruto ou muito molenga, para tentar tirar a figura do pai da reta. A mulher é emotiva, quer se sentir amada, cuidada e protegida, e isso não significa que somos fracas, simplesmente mostra que somos diferentes. Ao se casar, quer se sentir segura, mas, se as mulheres não pararem de assumir o papel do homem dentro de casa, ele continuará sendo fraco".
Na visão de Carol, é impossível evitar os conflitos no casamento, que vão acontecer de qualquer forma. Mas o confronto pode acontecer sem afronta, já que a afronta é para humilhar, gerar destruição, enquanto confronto gera edificação. "Lá em casa, quando um conflito acontece, se a guerra é minha, o Pablo sai de cena e me deixa lutar. Ele é viril e patriarca, mas não entra em guerra comigo. Agora, se eu vejo que ele entrou em guerra por algo, eu tiro o meu batalhão. Nunca entramos em guerra um com o outro, e isso não nos diminui, até mesmo porque aqui em casa todos somos generais", relata Carol Marçal.
Carol diz ainda que muitas mulheres questionam seus maridos sobre os afazeres domésticos. Segundo ela, essa atitude não tem bons resultados e cada vez mais afasta os casais. "Uma coisa muito importante é definir os papéis de cada um, e, quando precisar de ajuda para algo dentro das suas funções, solicitá-la e perguntar se ele pode ajudá-la. Fique atenta aos objetivos: se é trocar a fralda do bebê? Aceite da forma que ele fizer, e agradeça com amor, provavelmente ele deu o seu melhor. Não tem que ser perfeita como você imagina que deva ser. Não chame a atenção do seu marido na frente dos seus filhos. Deixe-o livre para falar com seus filhos da sua maneira. É importante a criança perceber a diferença entre os pais. E o mais essencial é que o marido entenda que a mulher o apoia, para que se sinta forte e confiante, a fim de tomar as decisões que impactam a vida de toda a família", afirma Carol.
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