Astrid Fontenelle relembra três casos de violência sexual que sofreu

"Me sentia culpada", declarou

Jornalista relembra abusos aos 13 e 15 anos

Por Thiago Forato

Publicado em 21/06/2016 às 15:50

A apresentadora Astrid Fontenelle, de 55 anos, foi uma das vítimas de violência sexual.

Em depoimento à revista Maria Claire, ela relembrou passagens importantes de sua vida no que se refere aos casos.

Astrid conta que seu primeiro susto foi quando tinha somente 13 anos. "Foi dentro de um ônibus. Esdava na Tijuca e morava no Meier. Todos os dias pegava o mesmo ônibus saindo da escola. Um dia, enquanto eu estava sentada, um homem colocou o pinto enorme para fora e eu saí correndo de dentro do ônibus, desci até em outro ponto. Um horror! E nunca contei para minha mãe", revelou.

O segundo caso, ela relembra que foi aos 15 anos, quando estudava numa escola de freiras e se reunia na casa de sucos com um grupinho de meninos: "Dentro desse grupo, tinha um cara que se destacava, ele era todo bonitão. E um dia me chamou para ir à casa dele. Fui porque ele era gato e eu queria namorá-lo, mas não queria transar com ele. Eu era virgem na época. Nunca mais vou esquecer. Ele morava no primeiro andar. Quando cheguei, esse garoto que era mais velho e mais forte, começou a me pegar por trás, a me forçar. Me lembro de falar: 'Eu não quero, eu sou virgem'. Comecei a gritar, consegui me libertar dele e fugi".

Anos depois, Astrid disse que reencontrou esse menino numa festa na casa de uma amiga, e ele a agarrou pelo braço, mas avisou: "'Hoje vai ser diferente. Na melhor das hipóteses eu te levo pra delegacia e ferro com a sua vida'. Aí ele me soltou".

No terceiro caso, ela disse que também tinha 15 anos, mas com um agravante maior: era namorado de sua mãe. "Era um cara adorável, gente boa. De repente um dia eu acordo com ele me bulinando. Fiquei paralisada como eu tivesse tomado um choque. Aí me mexi e ele saiu do quarto. Passei a viver em pânico com ele", relembra Astrid, que revelou ainda não ter contado a verdade para a mãe: "Me sentia muito culpada por ser adolescente, ter peitinho e ser desejada por quem não deveria. Ela morreu sem saber".

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