Boninho revela ter encontrado no SBT "liberdade que já não tinha" na Globo

Boninho é o convidado do The Noite com Danilo Gentili desta quinta-feira (18). O diretor relembra sucessos da carreira e celebra a nova fase do The Voice Brasil, agora no SBT. Ele explicou que deixou a Globo por que já não tinha mais a liberdade criativa para trabalhar na emissora.

“O SBT tem um público com um olhar diferente para a música, para o timing e para a edição. Acho que conseguimos trazer um The Voice com a cara do SBT e com excelência, sem fugir do DNA da emissora”, afirma.

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A atual edição do The Voice Brasil alcançou 29 milhões de pessoas somente no primeiro mês no ar pelo SBT. Além disso, lidera audiência na plataforma Disney+ e teve suas cotas comerciais rapidamente esgotadas.

Para o retorno do formato, Boninho trouxe Tiago Leifert de volta à apresentação e remodelou a bancada de técnicos, agora formada por Matheus & Kauan, Péricles, Duda Beat e Mumuzinho. A final da temporada será na segunda-feira (22), depois do Programa do Ratinho.

Com mais de 40 anos de carreira, Boninho também comenta como sua experiência à frente de grandes formatos contribuiu para o sucesso da atração musical.

À frente dos realities há 25 anos, ele foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do gênero no Brasil, desde No Limite, que estreou em 2000, até o Big Brother Brasil, que comandou de 2002 a 2024.

“O Anjo, o Big Fone, a Casa de Vidro… tudo criação nossa. O Big Brother está em mais de 20 países. Todo ano, os produtores se reúnem para apresentar novidades e trocar ideias”, relata.

Ao falar sobre sua decisão de deixar a Globo e iniciar uma nova fase no SBT, Boninho destaca a liberdade criativa como fator decisivo:

“Eu saí da Globo porque queria fazer outras coisas. Aqui no SBT está sendo muito bacana trabalhar de forma diferente, com uma liberdade que eu já não tinha e que eu queria voltar a sentir.”

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Boninho

No bate-papo, o diretor também relembra momentos marcantes da carreira, como a criação da TV Colosso, seu trabalho pioneiro com videoclipes antes da chegada da MTV ao Brasil e a infância nos corredores da televisão, acompanhando o pai, Boni.

“Meu pai começou na Globo quando eu tinha cinco anos de idade, e eu já frequentava a emissora. Vivo nesse ambiente há muito tempo”, conta.

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Boninho compartilha ainda sua visão sobre os rumos da televisão e do audiovisual, reforçando que o conteúdo segue como o principal motor do setor.

“Para começar, o futuro é conteúdo. Se você tem um programa bacana, as pessoas vão assistir. A televisão está aí e vai continuar. No Brasil, a TV aberta ainda é uma indústria gigantesca. Muita gente assiste. Claro que existem o YouTube, os streamers e outras opções, mas isso não significa que a TV vai acabar. Se você fizer algo que as pessoas queiram ver, sempre vai existir um telespectador. Talvez por isso eu tenha saído da TV Globo: eu queria fazer experiências, como o The Voice.”

Boninho

A entrevista termina em clima de celebração, com Boninho sendo surpreendido por presentes de Natal feitos pela turma do Roda Solta, em uma semana especial de fim de ano do The Noite.