“A gente se refere a ela pelo nome social, Rhianna. Desde que se assume a identidade trans, morre o nome de batismo, não se refere mais a ele, porque é mais uma forma de violentar pessoas que são tão violentadas todos os dias nesta sociedade.”
Publicado em 10/12/2025 às 11:20:00,
atualizado em 10/12/2025 às 13:27:37
O repórter Carlos Augusto, da TV Bahia, afiliada da Globo, informou o nome de batismo de uma mulher trans, assassinada no interior do estado. O jornalista foi então corrigido pelo apresentador Ricardo Ishmael. O momento, exibido no Jornal da Manhã de segunda-feira (8), virou assunto nas redes sociais.
O caso envolve a investigação da morte de Rhianna, uma mulher trans de 18 anos. Sérgio Henrique Lima dos Santos, de 19 anos, que trabalha como motorista de aplicativo, confessou o crime, cometido, segundo ele, no trajeto entre as cidades de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras.
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O suspeito deixou o corpo na delegacia e foi liberado após alegar legítima defesa. O caso segue sendo investigado pela polícia local.
Na reportagem, Carlos Augusto citou o nome de batismo da vítima, ressaltando que era conhecida em sua cidade “pelo prenome de Rhianna”.
Do estúdio, após a entrada ao vivo do colega na Globo, Ricardo Ishmael comentou: “Obrigado, Carlos. É difícil a gente falar em bom dia diante de um crime tão brutal, tão terrível como esse, a morte de Rhianna”. Ele então corrigiu a menção ao “nome morto” de uma pessoa trans:
“A gente se refere a ela pelo nome social, Rhianna. Desde que se assume a identidade trans, morre o nome de batismo, não se refere mais a ele, porque é mais uma forma de violentar pessoas que são tão violentadas todos os dias nesta sociedade.”
Ricardo Ishmaelcontinua depois da publicidade
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O âncora da Globo citou os dados recentes da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) que apontam o Brasil, pelo 16º ano consecutivo, no topo do ranking mundial de transfobia, como o país que mais mata essa parcela da população.
Ishmael ainda se indignou com o caso: “O assassino vai à delegacia com o corpo da vítima dentro do carro. Ele presta depoimento e é liberado. A gente quer entender melhor o procedimento. É esse o praxe, o protocolo? É assim que se age diante de um caso como esse, tão grave, de transfobia?”.
O episódio virou assunto nas redes sociais. “Se foi preconceituoso ao vivo e repassou esse preconceito para o público deve ser corrigido ao vivo, sim. Transfobia não é para ser normalizada, não”, opinou um internauta. “Excelente resposta a dele”, defendeu outra.
O nome de batismo de pessoas trans é chamado de “nome morto” porque não reflete sua identidade de gênero. O uso é considerado desrespeitoso e transfóbico, já que invalida a identidade da pessoa, mesmo que às vezes ocorra acidentalmente ou por desconhecimento.
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