Isis Valverde expõe dificuldades no pós-parto: "Amor da vida?"

Mãe de Rael, de 5 anos, Isis Valverde revelou em entrevista ao programa Sábia Ignorância, do GNT, que enfrentou uma série de obstáculos no pós-parto. A famosa contou que teve depressão três meses depois do nascimento do filho e que chegava a chorar de forma incontrolável em momentos aleatórios.

"(Sobre os primeiros banhos de Rael bebê) minha mãe girava ele de um lado, de outro e fui desmaiando na privada. E foi tudo bem. A amamentação não tive problema, graças a Deus, e aí, com três meses, a minha vida começou a ficar cinza. Chorava do nada, sentada na mesa", lembrou Isis Valverde.

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"Comecei a perceber que tinha alguma coisa muito errada. Foi quando descobri que estava com depressão pós-parto. Foi muito delicado para mim, mas eu saí bem. A minha médica me deu um suporte, eu tomei um negocinho natural que deu para eu sair. Tive um contato bem rápido (com a depressão pós-parto), mas foi bem forte para mim", relatou a artista, que está com 37 anos atualmente.

Âncora do programa, que ainda recebeu a escritora e acadêmica em psicologia Roberta Ferec, Gabriela Prioli confidenciou que também não passou ilesa à depressão pós-parto com o nascimento de Ava, de 1 ano, fruto do casamento com o DJ Thiago Mansur.

"A gente tem dados muito preocupantes no Brasil de índice de depressão pós-parto. Mais de um quarto das mães sofrem de depressão pós-parto e eu acho isso assustador. Eu fui uma dessas mães e eu achava que eu ia arrasar. Me peguei completamente desequilibrada, não sabia quem era eu, não conseguia comer, só tinha dúvidas, eu só sabia chorar. Foi uma coisa que me pegou completamente desprevenida, embora eu seja uma mulher com imenso privilégio e muito bem informada", revelou a apresentadora.

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Isis Valverde fala sobre como encarou a maternidade

No papo com Gabriela Prioli, Isis Valverde ainda contou que precisou lidar com as cobranças de pessoas próximas sobre a "obrigatoriedade" de encarar a maternidade como o maior amor do mundo, o que para ela, até o oitavo mês de vida de Rael, era um sentimento difícil. 

"Você olha para criança (faz uma expressão estrábica) e ela nem te olha. Ela chora, faz xixi, aí você pensa: 'Amor da vida? Mas eu não conheço essa pessoa que está aqui. Essa criança, não sei quem é, ela nunca falou comigo...'", comentou Isis. "É uma relação construída", emendou Prioli.

"Fiquei com aquilo guardado dentro da caixinha de culpa (o fato de não sentir o amor logo da cara do filho). E aí, ele, com oito meses, começou a olhar para mim. Fui à academia de manhã cedo, porque tinha esse momento. Cheguei, subi a escada e nesse dia ele olhou para mim e riu. Ele me reconheceu! E foi ali a primeira conexão e tive a certeza que era a melhora coisa do mundo. E é", se emocionou Valverde.