Publicado em 26/08/2024 às 12:20:00
Aos 88 anos, Dedé Santana segue em atividade. Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, o comediante relembrou o início da carreira, desmentiu a notícia de que teria sido internado e falou sobre a perda de Silvio Santos, que morreu aos 93 anos no último dia 17 de agosto.
"Silvio sempre foi uma pessoa muito generosa e atenciosa. Ele me ajudou em momentos difíceis da minha carreira e sempre acreditou no meu potencial", contou Dedé Santana, que quase trocou a Globo pelo SBT no auge de Os Trapalhões.
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"Houve uma época em que quase mudamos para o SBT, mas Silvio, em um ato de grandeza, nos devolveu à Globo para que Gugu Liberato pudesse continuar na emissora. Foi uma decisão que demonstrou o quanto ele valorizava a amizade e o profissionalismo. Comecei como palhaço e acrobata, e nunca imaginei que chegaria tão longe. Sou grato por todas as oportunidades e pelas pessoas que encontrei ao longo do caminho", lembrou o artista.
Vale lembrar que Dedé Santana foi contratado do canal da família Abravanel entre 2004 e 2008, quanto integrou o elenco de A Praça é Nossa e do humorístico Dedé e o Comando Maluco. Em seguida, ele retornou à Globo para trabalhar com Renato Aragão em A Turma do Didi.
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Ainda na entrevista a Carolina Ferraz, Dedé Santana revelou um desejo inusitado: ele quer quer sua morte seja um acontecimento marcante. "Não quero parar [de trabalhar], porque aí fico velho", avisou o eterno trapalhão, que segue se dedicando ao circo.
Ele também desmentiu que estivesse morrendo. "Alguém me viu no hospital fazendo exames e espalhou [a notícia]. Todo ano eu faço uma bateria de exames, como aprendi com o Renato, porque até então era muito relaxado. Aproveitei que estava aqui em São José dos Campos (SP), que tem bons hospitais, para fazer esses procedimentos", explicou.
"Meu sonho é morrer no picadeiro do circo", disparou. "O momento mais difícil da minha vida foi quando chegamos a uma cidade com o circo [da família] em uma situação bem ruim. Meu pai disse: 'Ou a gente dá a volta por cima ou acaba com tudo de uma vez'", recordou.
"No dia da estreia, meu pai foi comprar uma lata de tinta e foi atropelado. Morreu. Minha mãe [Ondina Santana] disse que a gente tinha de se apresentar mesmo assim, porque não tínhamos nem o dinheiro para enterrá-lo", lembrou Dedé.
Por fim, ele falou sobre mágoas e se guarda algum arrependimento. "Nós, os trapalhões, ensinamos o brasileiro a assistir a filme nacional. Eu tinha o sonho que alguém me chamasse para receber [um prêmio]. Nunca aconteceu", lamentou. "A gente que é artista não sabe dessas coisas. Dei muita cabeçada, recomecei diversas vezes. [Eu e o Didi] até já fomos mandados embora da TV duas vezes porque acharam a gente sem graça", confidenciou Santana.
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