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Vinicius Moura revela referências na narração e cita responsabilidade na ESPN Brasil: "Orgulho enorme"

Profissional tem sido bastante elogiado nas redes sociais por seu trabalho no canal esportivo

Vinicius Moura é um dos vários talentos da ESPN Brasil - Foto: Divulgação/ESPN Brasil
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 21/08/2024 às 04:44:00,
atualizado em 21/08/2024 às 16:10:34

Historicamente, a ESPN Brasil é um celeiro de talentos. Nos últimos anos, passaram pelo canal grandes nomes do jornalismo esportivo que hoje brilham na concorrência, a exemplo de Luís Roberto, Milton Leite, Rômulo Mendonça, Gustavo Villani, Everaldo Marques, Paulo Andrade e Natalia Lara, entre outros. Agora, chegou a vez de Vinicius Moura.

Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, o jovem narrador, um dos mais elogiados da nova safra, fala sobre o seu início em Goiânia (GO), dos desafios da profissão, das referências na carreira e faz uma avaliação sobre o seu atual momento, sendo uma das apostas do canal esportivo.

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Vinícius Moura conta como surgiu o convite da ESPN Brasil. "Trabalhar na ESPN era um grande objetivo profissional para um fã do esporte que sempre fui. O convite veio de uma maneira inesperada. Na oportunidade, a emissora precisava de mais uma opção para a equipe de transmissão da NFL. Eu acompanhava a modalidade, já havia lido o livro Manual do Futebol Americano, do nosso comentarista Antony Curti, e enviei um piloto, mas sem acreditar que daria certo", lembra.

"Nunca havia imaginado que as portas iriam se abrir por meio da bola oval, um esporte que eu não tinha domínio apesar de algum conhecimento. Com aquele material, eu entrei na ESPN em 2022. Primeiramente, participei das transmissões de futebol e, pouco depois, passei a integrar a equipe de esportes americanos", diz.

"Estou extremamente feliz e comprometido em entregar o meu melhor dentro da emissora que é a referência em esportes no mundo. É a grande oportunidade que tenho para me desenvolver como narrador de televisão e me aprofundar no conhecimento necessário para transmitir as competições e modalidades que temos os direitos. Passei 16 anos no rádio e tenho muito vivo dentro de mim as transmissões radiofônicas, mas TV e rádio são mundos muito diferentes. Agora, é o momento de me aprofundar na linguagem televisiva e me tornar um profissional melhor."

Ele ainda destaca o sentimento de fazer parte de uma casa tão importante. "Na ESPN grandes nomes da narração esportiva se desenvolveram para se tornar referências na comunicação. A lista é grande. Citaria Everaldo Marques, Milton Leite, Rômulo Mendonça, Paulo Andrade, Natalia Lara, Gustavo Villani e, lá atrás, o Luís Roberto. É um orgulho enorme e uma grande responsabilidade ser narrador da casa. Aqui, sei que tenho as pessoas certas para me conduzir no meu aprimoramento. Cabe a mim ter a humildade de ouvir e de colocar em prática todo o ensinamento que essa escola do jornalismo me proporciona", fala.

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Vinicius Moura também carrega em seu currículo uma passagem importante pela rádio CBN, do Grupo Globo. "Digo sempre que me formei como jornalista na Central Brasileira de Notícias. Foi a CBN que me deu a oportunidade de vir para São Paulo e de evoluir como jornalista e como narrador. Lá, conheci uma pessoa que mudou definitivamente minha trajetória. Foi o Oscar Ulisses quem me deu espaço, quem me corrigiu, me cobrou e me ouviu, junto do André Sanches, coordenador da equipe", cita.

"Ter a chance de aprender e conviver com alguém com a experiência e generosidade do Oscar foi a grande sorte que tive na carreira. Sou muito grato a tudo que a CBN e os integrantes do time de esportes da emissora fizeram por mim. Foi uma saída muito tranquila, pois todos torcem uns pelos outros ali. Sim, sinto falta da rádio, do convívio com os amigos que lá deixei, mas acho que cumpri bem minha trajetória nos 11 anos e meio que passei na rádio que toca notícia", explica.

Vinicius Moura fala de VAR e revela referências

Profissional versátil, Vinicius Moura tem sido bastante utilizado pela ESPN Brasil. "Atualmente, estou sempre nas transmissões de futebol dos campeonatos que temos direitos: Premier League, La Liga, Serie A, Sul-Americana, Libertadores e nos esportes americanos. Narro jogos da NFL, NBA e MLB", lista.

O narrador ainda entrega suas referências na área. "Quando pequeno, minhas duas grandes referências eram o Édson Rodrigues, que foi um narrador muito importante no rádio goiano, e o Galvão Bueno. Essas foram duas vozes que me marcaram muito", revela.

"Hoje em dia, a lista é muito grande, pois cada grande nome tem uma característica que me chama a atenção. No nosso time, Rogério Vaughan, Fernando Nardini e Ari Aguiar são caras que gosto sempre de parar para ouvir e aprender. Téo José, que, assim como eu, saiu de Goiânia, também é alguém que eu tenho muito respeito e gosto de acompanhar. Sou muito fã da forma como o Luís Roberto conduz suas transmissões e da emoção que ele coloca nos grandes momentos do esporte. Devo citar também o Everaldo Marques, Gustavo Villani e Paulo Andrade, com quem tive a chance de conviver na redação na ESPN. Um cara sensacional, que me tratou muito bem e que tem toda a minha torcida", elogia.

Alvo de dez entre dez torcedores, o VAR também foi objeto de análise por parte de Vinicius Moura. "Acho o uso da tecnologia indispensável no futebol. Todas as grandes ligas esportivas possuem ferramentas de vídeo que ajudam os árbitros a tomar decisões. Aqui no Brasil, creio que necessitamos de um aprimoramento no uso da ferramenta. O passo a ser dado de imediato é a utilização do impedimento semiautomático", opina.

Como bom apaixonado por futebol, Moura aproveita para apontar os favoritos no Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Sul-Americana nesse papo com o NaTelinha. "O Brasileirão não deve fugir de Palmeiras, Botafogo e Flamengo. Automaticamente, os três são grandes forças também na Libertadores, embora um deles necessariamente ficará pelo caminho na próxima semana. O Atlético-MG tem boa capacidade de competir na Libertadores e Copa do Brasil, enquanto o River Plate aparenta ser a única ameaça fora os brasileiros no principal torneio do continente. Na Copa Sul-Americana, acho que o time brasileiro mais forte é o Fortaleza", analisa.

Por fim, Vinicius faz uma reflexão sobre como vê a sua caminhada até aqui. "A sensação que tenho é que dei muita, muita sorte. Cresci e me formei em Goiânia e, para quem está fora dos grandes centros do país, é quase inatingível estar onde estou", destaca.

"Eu estudei na Universidade Federal de Goiás e comecei no jornalismo esportivo em 2008 em um laboratório chamado Doutores da Bola, em que alunos da UFG fazem transmissões no rádio AM. Ali, narrei meu primeiro jogo, Atlético-GO x Guaratinguetá, Série C do Brasileirão. Depois, passei dois anos na principal rádio da cidade na época, a Rádio 730. Certa vez, usei minhas férias para bater na porta de grandes redações de São Paulo e Rio de Janeiro. Com muita insistência, consegui uma resposta do então gerente de jornalismo da CBN, Alvaro Oliveira Filho, que acreditou naquele menino louco de 21 anos de idade, que transitava entre a reportagem, a produção e a narração."

"Isso foi em 2012. Já são 12 anos longe da minha cidade natal e do convívio diário da minha família, mas sei que, de alguma forma, quando estou no ar, represento minha cidade e meus familiares dando vida ao sonho de criança", afirma Vinicius Moura, que faz questão de reverenciar as raízes e de não esquecer quem o ajudou até aqui.

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