Publicado em 01/06/2024 às 17:20:00
A série Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447, sobre a queda do avião da Air France em 2009, que vitimou 228 pessoas, foi disponibilizada na última sexta-feira (31) no Globoplay e já provocou a primeira polêmica nas redes sociais. O título conta com 4 episódios.
A produção, tocada pelo jornalismo da Globo, abriu mão dos estúdios de dublagem e dos dubladores profissionais para recorrer ao uso de Inteligência Artificial. A própria plataforma de streaming tratou de deixar isso bem claro no início de cada episódio.
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"A versão em português das entrevistas concedidas em língua estrangeira para este documentário foi feita a partir da voz dos próprios entrevistados, com o uso de inteligência artificial, respeitando-se todos os direitos e leis aplicáveis. O conteúdo das dublagens é fiel às entrevistas originais. Os entrevistados que não aceitaram a dublagem foram legendados", explicou o Globoplay.
O recurso, que tende a se tornar mais comum daqui para frente, provocou um grande debate no X/Twitter, com os internautas saindo em defesa de uma classe tão pouco valorizada e que historicamente recebe baixa remuneração: os dubladores.
"É, realmente os dubladores já estão perdendo os trabalhos deles pras IAs (voz toda robótica), que merda, hein", lamentou uma pessoa. "Acabou a carreira de todos. Atores, diretores, dubladores… Netflix já tem um programa onde você dá a ideia de um show e eles criam esse show pra você. E se a ideia for boa o suficiente, a Netflix compra os direitos do show pra transmitir na plataforma. O fim dos nossos sonhos!", desabafou um rapaz. "Não adianta, nada substitui a fluidez de um dublador, inclusive tem vozes que ficam melhores nas pessoas que a própria original. É um pavor isso acontecer com a dublagem brasileira, sendo uma das melhores do mundo", observou mais um. "Acho mico demais! Os dubladores precisam do seu lugar garantido", defendeu uma moça.
Confira:
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A série Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447 traz a investigação sobre a queda do avião da Air France, o drama das famílias que foram destroçadas pela tragédia e o que mudou na história da aviação depois do acidente.
No dia 31 de maio de 2009, o voo AF447 da Air France decolava do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, rumo a Paris, na França. A aeronave com 228 pessoas a bordo de 32 nacionalidades, sendo 59 brasileiros, sumiu algumas horas após a partida e não chegou ao seu destino.
Quinze anos depois, Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447 reconstitui ponto a ponto um dos acidentes que mais transformaram a segurança da aviação mundial. Os quatro episódios já estão disponíveis no Globoplay.
O documentário relata como uma infeliz cadeia de acontecimentos, falhas tecnológicas e de procedimento causaram a queda do avião no mar. Ao final, o retrato do acidente fica completo. Assim como a certeza de que nunca um avião cairá novamente pelos mesmos motivos.
O jornalismo da Globo se debruçou em pesquisas minuciosas de áudio e vídeo, nos processos da Justiça francesa e nas investigações iniciais realizadas pelas autoridades brasileiras. As horas que antecederam o acidente foram recontadas em arte 3D. As conversas entre os pilotos na cabine do avião foram transcritas fielmente a partir das gravações das caixas-pretas, encontradas quase dois anos depois do acidente.
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