Galvão Bueno rompe o silêncio e desabafa sobre a morte de Ayrton Senna: "Tinha certeza que ele ia sair do carro"

Às vésperas dos 30 anos da morte de Ayrton Senna, a Record apresenta no próximo domingo (28) aquela que está sendo considerada a maior produção já realizada sobre o acidente fatal que vitimou o tricampeão mundial de Fórmula 1 no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália.

Em Senna 30 Anos: O Dia que Ainda Não Terminou, Roberto Cabrini, jornalista que anunciou a fatalidade em rede nacional, investiga e resgata os principais momentos vividos por Ayrton Senna dias antes da corrida que encerrou sua carreira, em 1º de maio de 1994.

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Para o documentário, Cabrini colheu uma série de depoimentos, como uma rara entrevista com a mãe do piloto, Neyde Senna, e reencontrou alguns dos principais personagens daquele dia, como o narrador Galvão Bueno, amigo e dono da voz que transmitiu ao público os grandes momentos da carreira do piloto; além de Adriane Galisteu, então namorada de Ayrton; o médico Giovanni Gordini, que foi o primeiro a atendê-lo; e Betise Assumpção, assessora de Senna na época, que pela primeira vez fala sobre tudo que viu e ouviu naquele fatídico dia.

O NaTelinha teve acesso com exclusividade à parte da entrevista de Galvão ao documentário. "Ele vinha debatendo a questão da segurança. Eles vinham debatendo a questão da segurança", citou o contratado da Globo. "Ele disse também assim: 'Mas eu vou acertar esse carro. Eu vou atormentar esses caras, mas eu vou acertar esse carro'", resgatou Bueno. "Senna bateu forte. Muito forte. Mas eu juro a você, Cabrini, que eu tinha certeza de que ele ia sair do carro", confidenciou o narrador. 

Senna 30 Anos: O Dia que Ainda Não Terminou foi realizado ao longo de quatro meses de intensa pesquisa e resgata a trajetória do mais espetacular piloto que a Fórmula 1 já produziu. Roberto Cabrini também abre seu arquivo pessoal e recupera momentos inéditos que revelam um Senna diferente daquele conhecido pelo público.

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Roberto Cabrini busca respostas há 30 anos

Testemunha de um fato que entrou para a história, Roberto Cabrini acompanhou e esmiuçou as investigações oficiais depois da morte do piloto. O jornalista trouxe uma série de fatos que permaneciam ocultos, como reuniões secretas de Ayrton Senna e os envolvidos na preparação de seu carro nas mais diversas frentes.

Foi Cabrini quem revelou a primeira imagem do capacete e depois provou, com suas apurações, que existiam imagens da câmera onboard, o que, até então, era negado pelos diretores da Fórmula 1. As sequências só foram liberadas em primeira mão por pressão do jornalista brasileiro e, mesmo assim, apresentaram, misteriosamente, um corte suspeito no momento do impacto contra o muro.

"São praticamente 30 anos investigando esses acontecimentos, sob as mais diversas perspectivas. Pra mim, como jornalista, Senna era um personagem denso. E como ser humano, um amigo muito querido. Uma reportagem como essa é mais do que uma missão para mim. É um verdadeiro chamamento. Uma história complexa que tem que ser devidamente contatada por tudo o que vi e vivi, primeiramente em minha convivência com ele e, depois, em minhas investigações sobre aquele 1º de Maio. Fica fácil compreender por que o documentário especial se chama O Dia que Ainda Não Terminou, com todas as convicções e questionamentos que traz até hoje", analisa o repórter. 

Senna 30 Anos: O Dia que Ainda Não Terminou terá uma edição especial dentro do Domingo Espetacular, no quadro A Grande Reportagem, e a íntegra da versão para a TV será transmitida logo depois, no Câmera Record. O documentário também estará disponível no PlayPlus.