Jornalista do Globo Repórter revela elogio inusitado de chefe

A repórter Lilia Teles esteve no Mais Você desta terça-feira (18) para falar sobre os bastidores do Globo Repórter, que comemora 50 anos de existência em abril. Ao longo do bate-papo com Ana Maria Braga, ela revelou que chora muito com determinado tipo de pauta e contou que recebeu um elogio inusitado de um chefe. "Disse que faço um enterro como ninguém", recordou.

Teles relatou quantos dias é preciso para fechar uma edição e o extenso time que é necessário. "Tem ali [no programa] um trabalho que movimenta muita gente, em dois ou três dias montaram esse programa. Na maior parte das vezes essa pauta é discutida numa reunião, daqui a pouco todo mundo já sabe o que tem que fazer e vão a campo. Uma lista enorme de especialistas e gente que contribui para aquele programa ir ao ar. Às vezes um mês, alguns dias, às vezes dois meses."

Segundo ela, o repórter leva sugestões e revelou quais pautas gosta mais. "Matérias sobre adoções eu adoro fazer. Ofereço a pauta e meu papel é acompanhar tudo isso. Ajudar a escrever, ajudar a decupar, que é transcrever. Nasci para ir pra rua. Já fui apresentadora, mas gosto de ter contato com a pessoa pra poder contar a história dela depois."

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A vocação de Lilia Teles no Globo Repórter

Na sequência, ela refletiu: "Quantas vezes a gente segura na mão das pessoas? Tenho uma tendência a fazer matérias mais sofridinhas, tem um chefe que disse que faço um enterro como ninguém. Acho que foi um elogio."

"Tenho o cuidado de ouvir a pessoa, ouvi muita vítima de bala perdida que se torna número naquela estatística e torna isso muito cruel."

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A repórter afirmou que sempre há uma história por trás daquela pessoa ou personagem. "Eu choro muito. A mãe das vítimas diz: 'Fica tranquila, vai passar'. Às vezes é muito complicado, não consigo ainda", admitiu.