Publicado em 12/06/2020 às 04:31:00
Fernando Pelégio, diretor de planejamento artístico do SBT, afirma que a emissora só retomará as gravações da sua dramaturgia quando uma vacina ou remédio contra o novo coronavírus for fabricada. Ao NaTelinha, Pelégio defende a segunda reprise de Chiquititas (2013) diante da impossibilidade de uma nova trama, mas pontua: "Nem a programação e nem os acionistas queriam, somos obrigados. Assim como a Globo e a Record foram obrigadas".
Em entrevista exclusiva, o diretor explica que o SBT tem uma dificuldade maior que seus concorrentes para voltar às gravações das suas novelas, pelo motivo que a grande parte do elenco é composta por menores de idade. "Se as crianças nem começaram a estudar, o Ministério Público não irá permitir que elas voltassem aos estúdios de TV. E acho que eles estão certos. Estamos observando e ainda não podemos marcar uma data", conta.
À reportagem, Pelégio destaca que as produções de entretenimento do SBT não pararam totalmente durante a pandemia e dá exemplos: "O Ratinho começou a fazer os primeiros ensaios há um mês, o Celso Portiolli já foram três programas inéditos e o Cereja do Bolo já foi exibido em sete sábados. O Esquadrão da Moda nós gravamos há quatro semanas, mas leva um pouco de tempo para editar. O que começou agora foi a Maisa. Existia uma complicação no caso da Maisa e esperamos ela completar 18 anos para retomar as gravações e não ter nenhum problema".
O diretor, que trabalha no SBT há 35 anos, conta que a emissora estava satisfeita com o faturamento publicitário alcançado no primeiro trimestre de 2020, mas analisa: "A economia entrou naquela queda com o impeachment da Dilma e não voltou mais. Este ano começou muito bem e a gente falou: ‘Agora vai virar’, mas não virou. Teve essa pandemia para estragar tudo".
O retorno das produções do SBT não iniciou agora. O Ratinho começou a fazer os primeiros ensaios há um mês, o Celso Portiolli já foram três programas inéditos e o Cereja do Bolo já foi exibido em sete sábados. O Esquadrão da Moda nós gravamos há quatro semanas, mas leva um pouco de tempo para editar. O que começou agora foi a Maisa. Existia uma complicação no caso da Maisa e esperamos ela completar 18 anos para retomar as gravações e não ter nenhum problema. Existem restrições na televisão para proteger o menor de idade, e tem que existir mesmo. Tem que tirar o alvará e pedir para a Promotoria Pública autorização para gravar. Esse também é o grande problema para nossas novelas. Temos muitos menores de idade. Trabalhar com menores é muito complicado, além dos cuidados normais que uma pandemia exige, pelo amor de Deus expor um menor.
O The Noite na realidade nunca parou de produzir conteúdo. Tinha o The Noite em Casa que ficou bastante tempo no ar e com muito sucesso. Eles há três semanas voltaram ao ar com programas gravados nos estúdios. A Eliana voltou esta semana. Em julho ela grava o reality Minha Mulher Que Manda.
É por aí sim (paralisar produções diante dos primeiros casos de Covid-19 e esperar um melhor o melhor momento para retorno). Quem já atravessou uma pandemia? Eu nunca atravessei, você (jornalista) nunca atravessou e meu avô morreu e atravessou uma pandemia quando era criança. A última foi há 100 anos. Ninguém tem experiência em larga escala, nos dias de hoje, em uma pandemia. A gente foi aprendendo e todo mundo foi aprendendo.
O (Luiz Henrique) Mandetta logo no começo disse: "Não usem máscaras". E hoje ninguém pode sair nas ruas sem máscaras. Então, tinha muita notícia desencontrada do que aconteceu e como pega. Demoramos um tempo para entender como era essa doença e como se preservar. E um grande trabalho aqui, e tenho que tirar o chapéu, do nosso Recursos Humanos (RH). O departamento acompanha todos esses problemas, nos orientando, corrigindo, analisando o que é possível e como determinadas coisas podem ser feitas. Eles estão muito bem antenados. Os médicos do trabalho estão em todas as gravações verificando como estamos voltando. Por isso estamos retornando com um programa por vez. Queremos que o bom Recursos Humanos, o Departamento de Segurança de Trabalho e os médicos do SBT estejam presentes e nos orientando. E eles têm feito isso. No fim do mês voltamos a gravar o Bake Off Brasil normal e de celebridades. Os episódios inéditos do Fábrica de Casamento voltam no final de junho.
Temos que fazer de um limão uma limonada, todos nós temos que fazer. Desrespeitar o distanciamento está fora de questão. Enquanto não tiver um remédio ou uma vacina não podemos facilitar. Estamos tendo todos os cuidados.
Eu não sei. Preciso ver. Gostaria muito, mas depende de muita coisa. Ele também é do grupo de risco. No SBT temos o Raul (Gil), Silvio (Santos) e o Carlos Alberto (de Nóbrega). Eles requerem um cuidado ainda maior.
A pandemia pegou todos desprevenidos. Em janeiro não se falava e em fevereiro começou a se perceber que na China estava esquisito. O SBT teve um primeiro trimestre maravilhoso. Em abril foi ruim, maio foi melhor que abril e junho está sendo melhor que maio. Felizmente o mercado publicitário está começando a voltar. Está no normal? Não, ainda não está normal. Mas em relação a abril, que foi a grande queda, está bem melhor do que a gente supunha. Acredito que no próximo trimestre volte ao normal.
Estamos estudando, mas enquanto não tiver uma vacina está fora de questão. Nós temos um diferencial para a Globo e Record que são as crianças. Inclusive os protagonistas são menores de idade. Tudo isso requer um cuidado ainda maior, não é simplesmente chegar e gravar. Tem todo um esquema operacional, e legal, que precisamos tomar cuidado para retornar as gravações, principalmente com as crianças. Se as crianças nem começaram a estudar, o Ministério Público não irá permitir que elas voltassem aos estúdios de TV. E acho que eles estão certos. Estamos observando e ainda não podemos marcar uma data.
Muito provavelmente será caso a caso. Não vai ter uma regra. Alguns sim outros não. Não será algo generalizado
Não foi uma escolha fácil. Ninguém aqui dentro queria reprisar nada. Nosso sonho é sempre colocar uma novela inédita. Mas diante das impossibilidades de voltarmos a gravar, alguma escolha tinha que ser feita. Eu apoio a escolha feita pela programação e vou trabalhar para que dê certo. Agora, nem a programação e nem os acionistas queriam, somos obrigados. Assim como a Globo e a Record foram obrigadas.
É dificil dizer se acabou ou não. Posso dizer que a realidade está muito diferente. A economia entrou naquela queda com o impeachment da Dilma e não voltou mais. Este ano começou muito bem e gente falou: "Agora vai virar", mas não virou. Teve essa pandemia para estragar tudo. Vamos continuar trabalhando. Os salários serão sempre justos quanto eles agregam a uma emissora. Hoje a TV tem menos anunciantes que há quatros anos.
É provável (sociedade nas produções) que muitos casos vão para esse caminho. Não adianta vir com um super projeto e colocarmos no ar para perder dinheiro, esse luxo não temos. Todos os novos projetos e novas contratações de alguma forma tem o apelo comercial já de início. Tem que está amarrado tanto no comercial quanto no artístico. Antigamente, a gente criava um programa, colocava no ar e esperava os anunciantes. Poucos eram lançados todo vendido, hoje sair lançado com todo vendido é uma necessidade.
Sempre tem estudos, mas eu não posso adiantar nada. Tem vários estudos. Com certeza tem o programa Uma Vida, Um Sonho da Glenda (Kozlowski) e eu quero fazer a sequência do Duelo de Mães com a Ticiana (Villas Boas). Eles estão numa faixa que estamos inaugurando (domingo de manhã). Eu como diretor artístico adoro quando tem a possibilidade de colocar um novo programa, produzido no Brasil, onde antes eram o que chamamos de lata (séries internacionais).
A TV mudou, mas mudou menos que esperávamos. As sessões de filmes continuam com ótima audiência. Não sei se perdeu valor, mas todo mundo falou que a sessão de filmes na TV aberta iria acabar. Não acabou. Continua firme e forte como os últimos resultados, tantos para nós quanto para Bandeirantes, que está indo muito bem. A Record, Globo e SBT estão surfando bem com filmes. A gente imaginava que quando uma Netflix ou uma Amazon (Prime Video) surgiram, o mercado de filmes na TV aberta fosse se encerrar, mas não.
É um privilégio enorme. O maior comunicador, apresentador, animador e vendedor na história do Brasil. Ele é tudo isso aí. Silvio (Santos) e o Carlos Alberto de Nóbrega conhecem uma coisa que é essencial: o brasileiro. Eles sabem o aspiracional da massa. Claro que o aspiracional do Sandro (Nascimento - jornalista) é diferente do Fernando Pelégio, mas a massa tem o aspiracional. E eles entendem muito disso. Produzem os programas para a grande massa. É um privilégio trabalhar e aprender com esses caras. Na minha carreira sou muito feliz em poder ter tido aulas com o Carlos Alberto de Nóbrega e com Silvio Santos. Sabem tudo sobre o povo brasileiro e eles me ensinaram. Uma escola para a vida.
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