Publicado em 17/08/2019 às 11:35:52
Na próxima segunda-feira (19) vai ao ar o “Criança Esperança 2019". Com direção artística de Rafael Dragaud e direção geral de Antonia Prado, a atração está em sua 34ª edição e conta com as apresentações de Leandra Leal, Dira Paes, Fernanda Gentil, Jonathan Azevedo e Flávio Canto.
“O ‘Criança Esperança’ é um programa desafiador e que traz muitas alegrias”, opina Dira Paes. “A cada ano é um encontro de pessoas que a gente admira, que são mobilizadores na sua vida, na carreira artística. Pessoas que nos inspiram e isso faz com que o show tenha uma força muito grande de solidariedade”, complementa.
A atriz reforça que o projeto é uma iniciativa da Unesco, órgão gerido pela ONU, e explica que no ato das inscrições, as instituições explicam o que pretendem fazer com a verba adquirida. Caso seja contemplada, ela tem um prazo a cumprir.
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“Existe uma auditoria da Unesco que vai até às instituições checar se a contribuição recebida foi aplicada da maneira devida”, revela. “É muito bom você ter a certeza e um selo de qualidade de uma instituição que não cuida só do Brasil, cuida do mundo inteiro”, ressalta.
Dira aponta, ainda, a importância das visitas pessoais a fim de estar frente a frente com os beneficiados. “Entender, ver, sentir o cheiro da comida quando é uma escola ou perceber os cuidados dos médicos quando é um centro de tratamento de crianças com câncer, um abrigo de idosos ou reformatório de adolescentes”, alega.
“O Brasil é tão grande que não dá para pensar no país sem essa doação no sentido mais amplo da palavra, não só em forma de dinheiro, mas que seja um abraço, uma presença, uma palavra amiga dentro dos problemas sociais que enfrentamos”, aponta.
Este ano, uma das novidades da atração é o show ser exibido na segunda-feira, no horário nobre, considerado um dos dias de maior audiência. Para a atriz, que está há cinco anos participando do projeto, as pessoas abraçaram a ideia da atração.
“É muito bom perceber que as pessoas captaram a nossa mensagem. O ‘Criança Esperança’ é uma maneira de mobilizar e a doação é uma consequência dessa mobilização. Quando você consegue mobilizar alguém, você transforma aquela pessoa em um ator da solidariedade e da esperança”, diz.
A estrela global relata que se interessa por responsabilidade social desde sua adolescência e por influência da sua mãe, embora ela não seja assistente social. “Às vezes, um conselho transforma totalmente a vida de uma pessoa”, afirma.
Ela também assinala as causas que defende. “Eu faço parte do ‘Movimento Humano Direitos’, organização contra o trabalho escravo, pela defesa do índio e do quilombola, pelo direito das crianças e dos adolescentes e pelo meio-ambiente", cita.
Estando há muitos tempo fazendo parte desse movimento, Dira explica que essas causas se misturam e ela, dentro do seu âmbito de ação social, empresta sua visibilidade para dar luz a testemunhos, a demandas que dizem respeito aos direitos humanos”, fala.
“Às vezes, o que é muito pouco para a gente, é muito transformador para quem recebe. Por isso, a importância da mobilização. De a gente tentar tocar as pessoas dentro da sensibilidade geral de todos”, avalia.
“Quando a gente fica passivo a um extremo que seja degradante para qualquer pessoa, estamos em um lugar onde a gente está passivo a nossa própria existência, sinaliza. “Porque a gente deixou de sentir, de ter compaixão, de agir e de amar”, conclui.
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