Publicado em 08/11/2018 às 17:06:17
Celso Portiolli está sendo bombardeado nesta quinta-feira (8), após defender a campanha patriota criada por Silvio Santos e exibida pelo SBT, que vem dando o que falar devido à utilização de uma frase conhecida na época da Ditadura Militar e supostamente favorável ao presidente eleito Jair Bolsonaro.
Tudo começou após o apresentador do "Domingo Legal" comentar reportagem do NaTelinha com o título "PT entra com representação contra o SBT exigindo retirada de vinheta que remete à ditadura".
No Twitter, Portiolli respondeu a publicação do site com uma imagem que dizia: "Brasil: Ou você ama ou a Venezuela é logo ali", com emojis de risadas.
Desde então, Celso vem sendo detonado, em respostas que o NaTelinha está marcado e recebendo todas as notificações na rede social. Alguns também defenderam o apresentador, gerando um debate acalorado (veja no final da matéria).
No Twitter, Portiolli chegou a comentar: "E o pau torrando na timeline". Em outro momento, publicou um vídeo falando de fé.
A reportagem procurou Celso Portiolli, que disse brevemente que apenas publicou um meme e não fez por mal.
"Sou acessível e me conhece. Mas eu não fiz por mal. Foi um meme. Acho injusto ser taxado de algo que não sou", disse.
A polêmica
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Na última terça-feira (6), o SBT iniciou a exibição de uma série de vinhetas exaltando o Brasil, em um período pós-eleições.
Até o momento, sete peças diferentes foram ao ar, alternando pontos turísticos do país, as cores da bandeira e frases de impacto. A mais polêmica delas foi "Brasil: Ame-o ou Deixe-o", que foi um dos slogans da Ditadura Militar entre 1964 e 1985.
Tal propaganda teve uma enorme repercussão negativa, a ponto do SBT cancelar sua exibição no mesmo dia. As outras seguem em exibição.
Logo depois, os deputados federais do PT Paulo Roberto Severo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ) e Luiz Paulo Teixeira (SP) entraram com uma representação contra o SBT para tirar do ar as vinhetas criadas por Silvio Santos com a intenção de lançar um clima de patriotismo no Brasil, principalmente a que destaca "Brasil, ame-o ou deixe-o".
Apesar dessa campanha especificamente já nem ser mais exibida, o documento diz que a emissora passou a representar, numa espécie de homenagem ao presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sem qualquer amparo na ordem legal e constitucional vigente, as mesmas músicas e vinhetas do slogan da Ditadura Militar que vigorou no país entre 1964 e 1985.
Os deputados apontam que o SBT agiu de maneira totalmente antidemocrática, suscitando a divisão da Nação. "A propaganda ora hostilizada é ultrajante, desrespeitosa, ofensiva. Viola flagrantemente o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana", diz.
Procurada, a emissora disse que ainda não recebeu nenhuma notificação.
Confira alguns comentários feitos no post de Celso Portiolli:
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