Publicado em 22/05/2023 às 05:00:00, atualizado em 22/05/2023 às 09:44:13
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Acusada de matar o próprio pai em Amor Perfeito, Marê (Camila Queiroz) passou oito anos na cadeia injustamente e só conseguiu anular o primeiro julgamento, e recuperar a liberdade, porque Catarina, única testemunha da noite em que Leonel (Paulo Gorgulho) foi baleado, mudou seu depoimento. Chantageada por Gaspar (Thiago Lacerda) e Gilda (Mariana Ximenes), ela havia mentido da primeira vez.
"A Catarina carregou esse segredo por oito anos. Ela sentia um peso, uma culpa. Se tornou, inclusive, alcoólatra por conta disso. Ela precisava falar, se libertar. Mas, por outro lado, eu também garanto que no segundo julgamento teremos grandes surpresas, revelações e viradas na trama da novela", adianta Cris Amorim, intérprete da personagem, em conversa exclusiva com o NaTelinha.
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Trabalhando de camareira do Grande Hotel Budapeste, a personagem acaba tendo acesso a muitas informações. Algumas delas confidenciais. "Com certeza, ela guarda muitos segredos e informações", afirma.
"Camareira é uma pessoa que percorre a intimidade do Grande Hotel, no caso. Corredores, cozinha, ala dos funcionários, quarto... Ela acaba mexendo na intimidade do hóspede. Por exemplo, o Dr. Hélio (Carmo Dalla Vecchia), o advogado que guarda um grande segredo, só ela pode limpar o quarto dele", comenta ela, se referindo à orientação sexual do personagem.
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Cris promete novas emoções já nos próximos capítulos, com a chegada de uma trupe de cinema a São Jacinto. "Catarina vai se tornar camareira exclusiva da grande estrela, Violeta Fernandes. Então, ela terá acesso à intimidade, segredos e informações. Com certeza, ela irá guardar muita carta na manga", opina.
Na primeira fase de Amor Perfeito, Catarina tinha um caso com Ronaldo, personagem de Breno Di Filipo, que trabalhava como jardineiro no Grande Hotel Budapeste e fugiu quando o cerco se fechou.
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Questionada se a camareira irá encontrar um novo parceiro no decorrer da trama de Duca Rachid, isso Cris ainda não sabe responder. Porém, a atriz torce para que ela encontre o amor próprio.
"Na verdade, eu não sei se a Catarina irá encontrar um novo amor, mas como estamos falando exatamente disso, desse sentimento, nessa novela... Até mesmo pelo tema, pelo nome da novela, Amor Perfeito, eu espero que ela consiga, pelo menos, um amor próprio, que já é muito interessante", torce.
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"Ela é muito sozinha, não tem família. Aceitou ser amante de um homem casado que fugiu sem dar explicações. Ela sofreu muito! Catarina se sente a gata borralheira. Então, ela conseguir uma autoestima maior, um empoderamento, o amor próprio, seria uma virada bem interessante. Não acho que ela precise de outro amor, um casamento, um homem para se sentir mais Cinderela do que gata borralheira, dispara.
Conhecida na TV por papéis cômicos, atriz fala da importância do time na comédia
Nascida em Amargosa, interior da Bahia, o maior desafio de Cris Amorim para viver a Catarina de Amor Perfeito foi o sotaque. Afinal, a novela escrita por Duca Rachid se passa em São Jacinto, cidade fictícia de Minas Gerais.
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"Pra você mudar a sua forma de falar, a prosódia, tem que ser um estudo muito sério e permanente. O sotaque tem que estar natural em você. Não pode fazer um estudo só no início da novela, porque na hora que entrar no set para gravar você precisa pensar em muitas coisas ao mesmo tempo", explica.
"Você vai contracenar pela primeira vez com o seu colega, tem que ouvir os direcionamentos, as diretrizes do diretor. Então, você não pode estar raciocinando sobre o sotaque. O sotaque já tem que estar entranhado em você. Ele tem que se tornar quase um hábito", observa.
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"Nosso cérebro não pensa duas coisas ao mesmo tempo, só se uma delas for hábito. Hábito você não pensa, já age igual. Então, se o sotaque já for um hábito, você consegue raciocinar, interpretrar melhor", dá a dica.
Formada pela Escola de Teatro da UFBA, Cris Amorim fez parte da efervescente década de 90 do teatro baiano, totalizando 18 peças, tendo muitos destes espetáculos premiados.
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Já morando no Rio de Janeiro, ingressou na programação de humor da TV Globo. Destaque para atrações como Sob Nova Direção, Faça Sua História, S.O.S. Emergência e A Grande Família.
Antes de estrear sua primeira novela, Cordel Encantado (2011), a atriz fez participações também nas séries As Cariocas, As Brasileiras, Ó Paí Ó, Sob Pressão e D.P.A. Tocs de Dalila, todas produções da emissora carioca.
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"Eu acumulo muitos papéis cômicos na minha vida, na minha carreira, mas isso aconteceu muito aqui no Rio, na TV. Em Salvador eu fiz Sheakespeare, Nelson Rodrigues, Jorge Andrade, tudo isso no teatro", lista a atriz.
"Minha primeira novela também foi de comédia, não só a minha personagem. Cordel Encantado foi uma novela engraçada, leve. Mas, mesmo fazendo drama, dependendo da história, eu gosto de colocar um pouco de humor. No filme "Lima Barreto ao Terceiro dia", disponível no Globoplay, o diretor queria um tom de humor para aquele drama", recorda.
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"Agora também em Catarina, no início, a personagem não tinha nada de comicidade, nada de humor. Mas eu gosto de dar umas pinceladas sutis no jeito, da pessoa, da personagem, no jeito de andar... Características corporais. Eu gosto de colocar um pouquinho desse tom mesmo no drama. É uma característica minha", entrega-se.
Atriz que atuou também em Órfãos da Terra (2019), Cris Amorim acha muito interessante a discussão que existe em torno da comédia. Sobre se um ator é capaz de aprender ou não a fazer humor, a atriz acha que é preciso ter vocação.
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"É muito difícil! Não é qualquer um, qualquer ator, que consegue. É algo que já existe dentro dele. Eu acredito muito no estudo, no aprofundamento, mas, com certeza, se você já tem uma sementinha dentro de você, você vai descobrir aquilo e explorar. Se você não tem, não tem como adquirir", avalia.
A atriz termina nossa conversa citando o tal do "time" que tanto se fala. "Ou você tem o tempo da comédia, ou você não tem. E esse time é deferenciado de um para o outro. O meu time vai ser diferente do time do Fábio Porchat, que vai ser diferente da Tatá Werneck, que é diferente do time de Heloísa Perissé, e aí vai", sinaliza.
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"Cada um tem que descobrir onde é que está essa sementinha para você explorar e identificar o seu jeito de fazer comédia. É muito mais difícil, apesar de que na história do teatro a comédia sempre foi considerada um gênero menor, inferior aquém ao drama. E drama você consegue, sim, com a prática, com insistência, e com estudo você consegue fazer. Já a comédia você precisa ter esse time em você", finaliza, Cris.
O NaTelinha divulga todos os dias os resumos dos capítulos, detalhes dos personagens, entrevistas exclusivas com o elenco e spoiler da novela Amor Perfeito. Confira!
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