Publicado em 19/01/2023 às 07:01:00
Há exatos 21 anos, em 19 de janeiro de 2002, a Globo exibia o fim de As Filhas da Mãe. A novela repetiu a dobradinha entre o autor Silvio de Abreu e o diretor Jorge Fernando (1955-2019), responsáveis por vários sucessos nos anos 1980 e 1990. Contudo, o resultado dessa vez foi desastroso: a trama teve que ser tirada do ar antes do previsto, por conta da baixa audiência, e seguiu dando trabalho quando já estava fora da programação da emissora.
As Filhas da Mãe narrava a história de Lulu de Luxemburgo (Fernanda Montenegro), brasileira que, dada como morta, mudou de identidade e fez sucesso como figurinista em Hollywood. Ela retorna ao Brasil para procurar pelas filhas. Uma das personagens mais lembradas é a transexual Ramona (Claudia Raia), que nasceu Ramon, caçula da protagonista.
Após um lançamento com grande expectativa, a Globo viu o público torcer o nariz para a história, contada de forma moderna e dinâmica. A média de audiência foi de 28 pontos no Ibope, bem menos que as antecessoras Uga Uga (2000) e Um Anjo Caiu do Céu (2001), que fecharam, respectivamente, com 38 e 34 pontos na Grande São Paulo. A saída encontrada foi tirar a novela do ar às pressas, dois meses e meio antes do previsto.
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Na época, Silvio de Abreu acusou o público de não entender a história. Ele também apontou o noticiário da época como um dos responsáveis pelo fracasso. Os primeiros capítulos dividiram atenções com o sequestro de Silvio Santos e os atentados às Torres Gêmeas, nos EUA. “A novela não teve tempo de se fixar e não se recuperou mais”, comentou ele em entrevista ao Jornal do Brasil em janeiro de 2022.
Contudo, à Folha de S. Paulo, o então diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger, não poupou elogios à novela: “Do ponto de vista artístico, a novela foi um êxito total, porque está dentro dos princípios da emissora apostar em novos formatos. Nunca houve na televisão brasileira uma inovação tão grande em termos de linguagem e edição, mas não houve assimilação popular”.
As Filhas da Mãe acabou e, em seu lugar, entrou Desejos de Mulher (2002), que, mesmo sem grande apelo popular, conseguiu levar a faixa de volta para acima dos 30 pontos. Só que a novela anterior continuou dando problemas à Globo. Desta vez, nas vendas internacionais, como revelou reportagem de O Estado de S. Paulo em fevereiro, poucas semanas após o fim da trama na TV.
“Os modernos raps que funcionavam como espécie de resumos dos capítulos e das ações dos personagens na novela As Filhas da Mãe, da Globo, estão atrapalhando a carreira internacional da trama”, informou o texto de Keila Jimenez. “Ao traduzir para outros idiomas a música, o rap simplesmente perde o sentido, ou perde a rima, ficando totalmente deslocado no produto.” O percalço fez com que a novela não fosse exibida em muitos países.
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