Publicado em 22/12/2022 às 07:57:22
Rogério Gomes, o Papinha, ficou poucos meses sem contrato com a Globo. Depois de encerrarem um acordo de anos, o profissional dirigirá Guerreiros do Sol, próxima história do Globoplay, escrita por George Moura e Sergio Goldenberg. A informação é do jornal O Globo desta quinta-feira (22).
O enredo, que é uma releitura da história de Lampião e Maria Bonita, já foram entregues nesta semana. O início das gravações está previsto para maio. O diretor Papinha retornou nos últimos dias do Sertão, onde estava com a equipe para buscar locações. A pré-produção começará em janeiro.
Conhecido carinhosamente como Papinha, Rogério Gomes foi criado nos corredores da televisão, acompanhando o pai, o locutor Hilton Gomes, nos estúdios da TV Tupi. Iniciou a carreira como operador de VT da primeira versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, na Globo, e depois passou a editor de imagens. Antes de começar a trabalhar com dramaturgia, Rogério editou e dirigiu diversos clipes exibidos no Fantástico, algumas edições do Hollywood Rock e também o primeiro Rock in Rio.
Além da nova novela do Globoplay, Papinha também estará em uma série que vai ser negociada com plataformas de streaming. Sem título definido, a série fala sobre três crianças, sendo uma indígena, uma estadunidense e outra cearense, que se juntam para combater forças sobrenaturais no estado da Amazônia depois de um grande incêndio na floresta.
A ideia é que o seriado tenha uma mesma pegada que Stranger Things, da Netflix. Ambientada na Fordlândia, no Pará, criada no final dos anos 1920 pelo estadunidense Henry Ford para servir de polo fornecedor de látex para a produção de pneus dos automóveis da empresa.
Quem está à frente do projeto é a produtora Diosual, que tem parcerias com outros autores experientes como Aguinaldo Silva, Marcílio Moraes e Tiago Santiago. O objetivo é criar séries e novelas para a América Latina e o mercado hispânico nos Estados Unidos. Até o momento, existem conversas com a Telemundo, RCN, da Colômbia e a Televisa do México.
A primeira novela que assinou como editor foi Sexo dos Anjos (1989-1990). Depois dela, editou ainda Juba e Lula (1989), Rainha da Sucata (1990), entre outras obras. O passo seguinte foi dirigir a minissérie O Sorriso do Lagarto (1991), adaptada do romance de João Ubaldo Ribeiro, e, logo depois, a novela Deus nos Acuda (1992-1993), de Silvio de Abreu. Vira-Lata (1996), de Carlos Lombardi, foi a primeira novela que assinou como diretor-geral, ao lado de Jorge Fernando (1955-2019).
De lá para cá, dirigiu diversas outras produções. Seus últimos trabalhos na Globo foram os sucessos Império (2014-2015), de Aguinaldo Silva, que ganhou o prêmio Emmy Internacional como melhor novela, Além do Tempo (2015-2016), de Elizabeth Jhin, e a A Força do Querer (2017), ao lado da autora Gloria Perez. Seu último trabalho antes de Pantanal no ar na Globo foi O Sétimo Guardião (2018-2019), escrita por Aguinaldo Silva.
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