Maria Esperança tem capítulos retalhados pelo SBT

A tesoura do SBT está afiada e vem fazendo mais uma vítima: Maria Esperança (2007). Novela que substituiu o reality Os Pequenos Johnstons desde 19 de setembro, a história protagonizada por Bárbara Paz subiu os índices de audiência do horário chegando a até 4 pontos na Grande São Paulo, mas isso não parece ter sido suficiente para que não sofresse com os constantes cortes.

Nos últimos dias, o SBT acelerou e condensa até cinco capítulos em um. Inicialmente, a novela tinha previsão de término para dezembro, e a cada dia que passa, seu fim se antecipa cada vez mais. Pelo andar da carruagem, a história se despede da programação em 28 de novembro, mas pode acabar antes.

A substituta será Pequena Travessa (2002-2003), que estreia nesta segunda (21) e conta com 140 capítulos, mas o temor é que eles não sejam respeitados e o pior: que Silvio Santos aparece com mais um produto enlatado entre as produções vespertinas. Até agora, suas experiências não agradaram o público.

Os cortes vêm causando estranhamento dentro do próprio SBT, já que as novelas conseguem manter uma audiência mais próxima daquela que é considerada ideal, ainda que longe de disputar com a Record. Desde que o canal passou a apostar em reprises de novelas em maio, já foram mutiladas Carrossel (2012-2013), Esmeralda (2004-2005) e agora Maria Esperança.

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Novelas poupam SBT de desastre maior

Até maio, o SBT rondava apenas 1 ponto na capital paulista. No caso de Esmeralda e Carrossel, dezenas de capítulos não foram sequer condensados, mas sumariamente ignorados. Os telespectadores, nas redes sociais, perceberam o avanço na história ao longo das semanas finais, que perdeu completamente o sentido diante de inúmeros cortes.

A retomada do horário com a antiga dobradinha, aliás, ensaiou uma volta da disputa com o Balanço Geral, da Record. Mas, pela vontade de Silvio Santos ver o desempenho do reality dos anões, ambas acabaram aceleradas.

A substituta de Maria Esperança

Pequena Travessa conta a história de Júlia, que é órfã de mãe. Ela mora em um conjunto habitacional com o pai, Rafael (Walter Breda), e os irmãos mais novos Antônio (Caio Romei) e Daniel (Emanuel Dória). Alegre, extrovertida, inteligente e travessa, Júlia é muito querida por todos, especialmente por dois rapazes que cresceram com ela: Caio (Fábio Villa Verde) e Fernando (Nico Puig), conhecido como Mercúrio.

Quando Rafael sofre um misterioso acidente que o deixa paraplégico, sua filha Júlia (Bianca Rinaldi) decide arrumar um emprego para sustentar a casa, mas, sem conseguir por ser mulher, ela se disfarça de menino sob nome de Júlio para trabalhar como office boy na lavanderia de Marcello (Luís Carlos de Moraes).

Ela se apaixona por Alberto (Rodrigo Veronese), porém o romance é atrapalhado por Mercúrio (Nico Puig), ex-namorado de adolescência de Julia que nunca aceitou o fim e lidera uma gangue de assaltos, e Débora (Rachel Ripani), a então namorada do advogado, que vê nele a chance de ficar rica e conta com a ajuda da ardilosa mãe Heloísa (Tânia Bondezan), da amiga Pilar (Cynthia Benini) e do amante Hugo (Cláudio Fontana) para separá-los.