Publicado em 15/11/2022 às 05:00:00,
atualizado em 15/11/2022 às 11:08:23
A Globo cogita elevar Thelma Guedes para a faixa das 21h das novelas em 2024. A decisão não é exatamente uma promoção, mas passa pelo fato de que até o momento, pouco menos de seis meses antes de iniciar a pré-produção da trama, ainda não há uma escolha. E a sinopse da autora, em parceria com Thiago Dottori, vem sendo bem avaliada pela direção da empresa, principalmente por Ricardo Waddington, que gosta muito do trabalho da novelista.
O tempo corre contra a Globo para aprovar uma sinopse para 2024. Isso porque até o momento ela conta apenas com Travessia, que já está no ar e deve permanecer até meados de abril ou maio e Terra Vermelha, nome provisório da novela de Walcyr Carrasco e que tem a tendência de se estender até o primeiro trimestre de 2024, podendo se tornar a produção mais longa em muito tempo.
Segundo apurou o NaTelinha, muitas histórias já foram apresentadas para a emissoras e boa parte reprovada. O diretor de dramaturgia José Luiz Villamarim chegou a encomendar projetos com alguns autores que nem contratados estão, mas nenhuma história chamou a atenção. A própria Thelma Guedes teve um argumento recusado por ser considerado muito pesado para a TV aberta. Ainda existe a opção da produção escolhida ser a história criada por Ricardo Linhares, em parceria com Maria Helena Nascimento, mas não há empolgação com a trama nos bastidores.
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A ideia de Villamarim era surpreender na escolha. Ele abriu conversas com roteiristas consagrados, alguns oriundos do cinema e que colocariam a Globo na crista da onda, mas não obteve resultados esperados e o tempo já não é mais parceiro. A pré-produção da substituta de Terra Vermelha precisa começar, no mais tardar, em agosto do ano que vem, o que deixa o tempo achatado para a escolha da história, a escrita dos primeiros quatro blocos, aprovação de elenco e construção da cidade cenográfica.
Sem muitas opções, Ricardo Waddington sugeriu que a nova sinopse de Thelma Guedes, em parceria com Thiago Dottori, seja escolhida. A revelação foi feita por uma fonte ouvida pela reportagem e que acompanha de perto o processo de aprovação das sinopses da Globo. Ela afirmou que ainda não há definição sobre o tema, mas Villamarim está estudando o caso.
O problema é que a história foi desenvolvida para às 18h e já até recebeu sinal verde para a escrita dos dois primeiros blocos de capítulos - 12 capítulos, no caso. A ideia era colocar a trama no ar após Amor Perfeito, de Duca Rachid e Julio Fischer e que substituirá Mar do Sertão.
O diretor de dramaturgia não gostaria de adaptar um folhetim que ele considera ideal para as seis ao ter que levá-la para as nove. Mas aparentemente deixará a sugestão como trunfo caso não apareça nenhuma novela que encha os olhos da equipe.
A sugestão de Waddington pode ser por ter gostado da sinopse, pode ser pela falta de opção, mas também por conhecer profundamente a autora. Thelma Guedes é uma espécie de queridinha do atual chefão da Globo e os dois já trabalharam em muitos projetos juntos.
Ricardo foi o diretor de núcleo de Cama de Gato (2009), além do fenômeno Cordel Encantado (2011). Também foi com ele que a autora, ao lado de sua ex-parceira Duca Rachid, venceram o Emmy Internacional por Joia Rara (2013), sempre no horário das seis, onde ela trabalhou desde que iniciou sua trajetória de autora titular da Globo.
Procurada, a Globo não respondeu, mas caso o faça, a reportagem será atualizada.
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