Publicado em 10/08/2018 às 09:30:34
O secretário nacional de Justiça, Luiz Pontel de Souza, rejeitou nessa quinta-feira (9) o recurso da Globo sobre a classificação indicativa da novela “Orgulho e Paixão”, exibida na faixa das 18h.
Escrita por Marcos Bernstein, a trama passou a ser recomendada para maiores de 12 anos desde o dia 12 de julho, por apresentar cenas de “agressão verbal, apelo sexual, ato violento, consumo de drogas lícitas, insinuação sexual, lesão corporal, linguagem de conteúdo sexual e presença de sangue”, de acordo com o Ministério da Justiça.
A decisão foi publicada nesta sexta (10) no Diário Oficial da União. A Globo não estava disposta a ter uma novela do horário das 18h, conhecido por histórias românticas e leves, classificada para maiores de 12 e lançou mão de todos os recursos possíveis para que a trama voltasse à faixa etária de 10 anos. Não adiantou.
A emissora pediu reconsideração da decisão - negada no dia 19 pela Coordenação de Classificação Indicativa, sob a alegação de “frequente exibição de imagens de insinuação sexual, do consumo de drogas lícitas e de atos violentos sem os devidos contrapontos e atenuantes”. O último procedimento previsto em lei era recorrer à Secretaria Nacional de Justiça, órgão superior à Classificação Indicativa. Com o recurso negado, a Globo terá que se contentar com a decisão que transforma e história de Elisabeta (Nathalia Dill) e Darcy (Thiago Lacerda) imprópria para crianças.
O impasse todo começou no mês passado, motivado por um aumento de cenas de personagens bêbados e de agressões físicas. Curiosamente, a reclassificação veio após o surgimento do núcleo do “Clube da Luta”, que já não existe mais. Em nota, a Comunicação da Globo disse que estava “aguardando decisão sobre o recurso”.
Situação inédita
É a primeira vez que isso acontece com uma novela das 18h durante exibição. “Mulheres de Areia” (1993), escrita por Ivani Ribeiro, também é indicada para maiores de 12 anos, mas foi um caso diferente: era uma trama de classificação Livre que, ao ser reprisada no “Vale a Pena Ver de Novo” em 2012, foi reclassificada. Os critérios utilizados pelo Governo Federal nos anos 90 - época das primeiras exibições - não eram mais os mesmos. Não é a primeira vez, no entanto, que Marcos Bernstein enfrenta problemas com a classificação. Em “Além do Horizonte” (2013, 19h), sua primeira novela, o Governo questionou a exibição de cenas de insinuação sexual e assassinatos - a história da “Besta de Tapiré”; na verdade um disfarce do vilão Kléber (Marcello Novaes) para se livrar de comerciantes rivais. Na época ainda existia a vinculação horária à faixas etárias, e como uma reclassificação poderia causar inúmeros prejuízos para a grade, a Globo assinou um termo de compromisso, prometendo não exibir mais cenas incompatíveis com a classificação de 10 anos. E, talvez por efeito dos "ajustes", Kléber passou por um processo de regeneração. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Sabe de tudo Inuagurar Por um triz Falta do que fazer Dias contados Sonho realizado Destemida Atrito Medo Desconfiança Papo reto Fim das brigas Nova vítima Preguiça? Dor de cotovelo Pena comunitária Perverso Visões do passado Há 17 anos Em que século ele vive?