Temos um elenco de jovens múltiplos, talentosos e diversos e, se depender da minha torcida, cada um deles vai muito longe
Publicado em 20/03/2018 às 14:47:27
Ainda que com apenas 42 anos de idade, Patrícia Moretzsohn e "Malhação" têm uma história que representa mais da metade da vida da roteirista global.
Ela, que está à frente do texto de "Malhação - Vidas Brasileiras", iniciada na última semana, ajudou a implantar o folhetim quando tinha apenas 20 anos ao lado de autores consagrados, como sua mãe, Ana Maria Moretzsohn, Emanuel Jacobina e a já falecida Andrea Maltarolli.
Ainda que tenha passado por diversos produtos da Globo no cargo de colaboradora, como "Fina Estampa" e "Haja Coração", não são raros os regressos de Patrícia à "Malhação". Ela escreveu as temporadas de 2007, que lançou Sophie Charlotte, Caio Castro e Nathalia Dill; 2009, revelando Bianca Bin; e 2013, que projetou Gabriel Leone. "Fico extremamente orgulhosa", derrete-se ao ver os então iniciantes hoje em postos de tanto destaque na dramaturgia global.
Tendo como assuntos o seu regresso à "Malhação", o lançamento da nova temporada e os desafios de manter a novelinha sempre atraente, independente de praticamente todos os temas já terem sido abordados em alguma ocasião, o NaTelinha bateu um papo exclusivo com Patrícia Moretzsohn.
Confira:
Como é voltar à "Malhação" cinco anos após a temporada "Casa Cheia"? Quais são os novos desafios?
Patrícia Moretzsohn - É maravilhoso, gosto muito de fazer "Malhação" e agora com "Vidas Brasileiras" estamos trazendo muitas inovações. Os desafios se renovam a cada temporada, porque os jovens refletem muito rapidamente as mudanças da sociedade, e buscamos estar sempre em sintonia com as novidades.
E como é adaptar, pela primeira vez, uma história cujo formato não é original da Globo (a atual temporada é baseada na trama canadense "30 Vies")? Até que ponto há interferência da proposta original no seu texto?
Patrícia Moretzsohn - A Globo adquiriu o formato e me convidou para desenvolvê-lo. O formato foi o ponto de partida para a organização da narrativa, trazendo a professora Gabriela (Camila Morgado) para seu lugar central. A busca de Gabriela por entender a intimidade dos alunos também vem com o formato, que parte desse interesse para construir histórias temáticas de cerca de dez capítulos. A partir daí, estabelecida a estrutura temos liberdade para contar qualquer história temática que julgarmos adequada à nossa realidade – inclusive, vem daí o título "Vidas Brasileiras".
Nos primeiros capítulos, apostou-se muito no Rio como pano de fundo e em participações como as de Edson Celulari e Malu Mader. Isso se manterá? Eles voltarão à trama?
Patrícia Moretzsohn - Dentro do possível na logística de nossa produção, sim. A nossa ideia é contar sempre com grandes participações e, a princípio, é que elas não retornem justamente para viabilizar essa estrutura e podermos apresentar novidades.
"Viva a Diferença" foi um dos maiores sucessos de toda a história de "Malhação" - em audiência, crítica e repercussão. Como se sente com o desafio de manter o folhetim em alta após uma fase tão bem sucedida?
Patrícia Moretzsohn - É muito boa a oportunidade de entrar depois de uma temporada de sucesso. O horário está com prestígio e é gratificante poder levar ao público assuntos que precisam ser debatidos.
Alguns temas de "Malhação" são recorrentes - como bullying, gravidez na adolescência, insegurança, drogas e relacionamentos. É possível manter essas abordagens de uma forma não cansativa e prendendo o telespectador?
Patrícia Moretzsohn - Sim. Sempre digo que o mais importante no que tange a histórias temáticas é como elas são contadas, uma vez que, com todas mudanças da sociedade, muitos dos conflitos da juventude permanecem os mesmos.
Essa temporada de "Malhação" tem previsão de mais de 300 capítulos. Em uma era de redes sociais e onde tudo ocorre muito rápido, como vocês planejam manter o interesse do telespectador por tanto tempo?
Patrícia Moretzsohn - O número total de capítulos não está fechado. Mas acredito que, com a estrutura de histórias mais curtas encaixadas dentro de arcos mais longos, possamos manter o interesse do público por bastante tempo, sem correr o risco de cair na “mesmice”.
Temos um elenco de jovens múltiplos, talentosos e diversos e, se depender da minha torcida, cada um deles vai muito longe
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Você, ao lado da sua mãe Ana Maria, e da já falecida Andrea Maltarolli, foram algumas das responsáveis por implantar "Malhação" há mais de 20 anos. O que mudou é o que não mudou de lá para cá?
Patrícia Moretzsohn - Bom, "Malhação" se passava em uma academia, era gravada na Cinédia... Depois começamos a contar histórias passadas em colégios, hoje mantemos o colégio e temos também cidade cenográfica, gravações em externas... Tecnicamente muita coisa mudou. O que se manteve foi o frescor dos temas e, claro, do elenco, que se renova trazendo novidades a cada ano.
"Casa Cheia" projetou atores como Gabriel Leone, um dos jovens mais requisitados da Globo. Já a temporada de 2009, que você também escreveu, lançou Bianca Bin, hoje protagonista do sucesso "O Outro Lado do Paraíso". Em "Floribella", que você escreveu em 2005 na Band, lançou Johnny Massaro, hoje em "Deus Salve o Rei". Como você se sente vendo esses e outros nomes indo tão longe? Acredita que isso se repetirá agora?
Patrícia Moretzsohn - Além dos nomes que você citou há outros - na temporada de 2008 também lançamos a Nathalia Dill, Sophie Charlotte, Caio Castro... Só pra citar alguns! Fico extremamente orgulhosa e tenho muito carinho por cada um dos atores e sua trajetória. Sim, acredito que isso vá se repetir. Temos um elenco de jovens múltiplos, talentosos e diversos e, se depender da minha torcida, cada um deles vai muito longe!
Deixe um recado para os fãs de "Malhação", do que podem esperar e do que vem pela frente.
Patrícia Moretzsohn - Em primeiro lugar, muito obrigada pelo carinho com "Malhação". Acompanhem nossa temporada de coração aberto pois preparamos muitas novidades. Depois da história de Kavaco, vem a de Verena, depois conheceremos o drama da família de Talíssia. E ainda tem muita coisa pela frente!
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